Pode ser que o sucesso de "Bruna Surfistinha" (Sony, 22h30; 16 anos) tenha vindo de uma curiosidade voyeurística: quem é, por que é e como age uma garota de programa.
Mas isso produz nada mais do que a personagem e seus coadjuvantes. A matéria do filme propriamente dita é produzida pela relação comércio/consumo. Mais ou menos assim: os homens frequentam locais de prostituição assim como as mulheres frequentam as lojas do shopping.
Bruna, garota de classe média, tem perfeita noção do negócio que gera, e que por coincidência é seu próprio corpo.
Tudo muito interessante, sobretudo num tempo em que corpo e moralidade andam bem distanciados. Seria bem mais interessante caso fosse a proposta do filme analisar e não mimetizar esse tipo de comportamento.
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A atriz Deborah Secco em cena do filme 'Bruna Surfistinha' |