Antes de se tornar comediante, Roberto Bolaños, morto nesta sexta-feira (28), tentou ser lutador de boxe, jogador de futebol e engenheiro.
Nascido na Cidade do México em fevereiro de 1929, filho de uma secretária e um cartunista, ingressou na Universidade Nacional Autônoma do México, mas nunca chegou a se formar.
Em 1950, iniciou sua carreira de escritor no rádio e na televisão, fazendo esquetes para programas de comédias, como o "Cômicos e Canções", além de roteiros de cinema. Sua estreia como ator ocorreu com o filme "Dos Locos en Escena".
Alguns de seus personagens, como o Doutor Chapatin e o professor Girafales, que mais tarde seria internacionalmente conhecidos na série "Chaves", foram criados anteriormente, na década de 1960, quando estrelou um programa humorístico na Televisión Independiente de Mexico (TIM).
O herói cômico Chapolin Colorado nasceu na década seguinte, em 1970, um ano antes de seu maior sucesso, "Chaves".
A série, que estreou no Brasil em 1984 no programa do Bozo, retratava o cotidiano dos moradores de uma vila.
O ator, comediante, escritor e produtor se casou duas vezes: a primeira com a atriz Graciela Fernandez, com quem teve seis filhos. Em 2004, casou-se com Florinda Meza, que interpretava a Dona Florinda na série.
Bolaños viveu um triângulo amoroso com seus colegas de série Carlos Villagrán, o Quico, e Florinda Meza, a dona Florinda. A atriz namorou Villagrán por anos antes de engatar um relacionamento com Bolaños. Villagrán deixou então o programa para seguir carreira solo.
Essa não foi a única desavença no elenco: Maria Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha, brigou com Bolaños em 1994 e iniciou uma disputa na Justiça para manter o direito de uso de sua personagem, que venceu em julho de 2013.
Em 2012, em homenagem aos 40 anos do personagem Chespirito, a Televisa promoveu uma grande festa que reuniu boa parte do elenco de Chaves e outras personalidades no Auditório Nacional do México.