Terceiro álbum do grupo inglês The Smiths, "Meat is Murder" completa 30 anos nesta quarta-feira (11).
O disco levantou a bandeira do vegetarianismo, tema constantemente retomado por Morrissey, ex-vocalista do grupo e grande militante da causa, ao longo das últimas três décadas.
Na época, o título polêmico –carne é assassinato, em português– provocou as mais diversas reações.
| Divulgação/The Smiths | ||
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| Capa de "Meat is Murder", álbum do The Smiths |
Houve quem atirasse salsichas ao palco quando a banda começava a tocar a música que dá nome ao álbum. E houve quem se inspirasse nos versos da canção para adotar uma dieta sem carne.
"Recebo dezenas de cartas todos os dias de pessoas dizendo quão felizes elas estão por alguém finalmente dizer o que estamos dizendo", afirmou Morrissey em entrevista à organização de proteção animal PETA, em 1985.
O ex-guitarrista Johnny Marr, em entrevista publicada no livro "Document and Eyewitness: An Intimate History of Rough Trade", disse se sentir orgulhoso de ter influenciado a alimentação de seus fãs. "Penso que isso é o rock quase que literalmente mudando a vida das pessoas – e, definitivamente, mudando a vida dos animais."
Mais amplos, porém, foram os impactos de "Meat is Murder" na história da música.
O disco foi o único do Smiths a chegar ao topo das paradas britânicas e consolidou o grupo como um dos mais influentes do rock com canções mais sombrias.
Três músicas de "Meat Is Murder"
1) "What She Said"
Uma das melhores de Johnny Marr na guitarra é nesta canção contada sob um (trágico) ponto de vista feminino: "O que ela disse era triste/ Mas então, toda a rejeição que ela enfrentou/ Fingindo ser feliz/ Só podia ser estupidez".
2) "Meat is Murder"
A letra militante de Morrissey, introduzida por sons de animais em cativeiro, equipara comer carne a um assassinato.
3) "I Want The One I Can't Have"
Um dialogo com o chororô de "Please, Please, Let Me Get What I Want" (1984)?