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    Com juras de amor ao Brasil, Imagine Dragons toca para 21 mil em SP

    GIULIANA DE TOLEDO
    DE SÃO PAULO

    19/04/2015 01h22

    O vocalista Dan Reynolds já disse que o melhor show que fez na vida foi em São Paulo, em 2014, no festival Lollapalooza, quando o seu grupo de rock Imagine Dragons tocou pela primeira vez no Brasil.

    Na noite deste sábado (18), em nova apresentação por aqui, desta vez em turnê solo –tocaram também no Rio na quinta (16)–, Reynolds parece só ter renovado a sua lua-de-mel com o público brasileiro. Não é para menos: o país tem a segunda maior massa de fãs do grupo, atrás só da americana, conforme a gravadora Universal Music.

    Queridos especialmente dos adolescentes daqui, os americanos fizeram show para 21 mil pessoas, segundo a organização do evento, na Arena Anhembi, zona norte da capital paulista.

    O coro forte em quase todas as músicas –inclusive nas mais recentes, do segundo disco, "Smoke + Mirrors", lançado em fevereiro– só serviu para inflar o amor da banda pelo país, declarado com juras mil ao longo de quase duas horas de show.

    Na segunda música da noite, a nova "Trouble", o cantor já estava segurando uma bandeira brasileira. Na canção seguinte, o sucesso "It's Time", do disco de estreia, o vocalista ficou com os olhos marejados enquanto, sorrindo, observava a multidão.

    "É meu lugar preferido para tocar no mundo todo. Nós amamos o Brasil. Não sei se a gente merece isso, mas nos sentimos tão abençoados. Obrigado, São Paulo", discursou ele, que mais tarde prometeria manter visitas anuais ao país, "como na nossa casa" –a banda é de Las Vegas. Até chegou a brincar que se mudaria para cá.

    Na sequência, um cover de "Forever Young", hit do grupo alemão Alphaville nos anos 1980, atingiu mais os pais que acompanhavam seus filhos do que a maioria do público, que não estava nem perto de nascer quando a música estourou.

    A mensagem de "Forever Young", porém, se encaixa bem no repertório, repleto de letras com dilemas típicos da juventude: descobrir o sentido da vida, sentir-se parte de algo maior, ter culpa por decepcionar a família –"I Bet My Life", uma das novas faixas mais bem recebidas, fala justamente da relação conturbada de Reynolds com seus pais.

    Apesar dos assuntos sofridos, os refrões explosivos, dançantes, mantêm a energia do show em alta, graças a uma percussão forte, tocada às vezes por todos os integrantes.

    Para cativar, Reynolds também fez piada com os colegas de banda ao apresentá-los. Para o guitarrista Wayne Sermon, elogios sobre seu cabelo comprido. Para o baixista Ben McKee, um pedido –atendido– de demonstração dos passos que tentou aprender de samba. Para o baterista Daniel Platzman, a observação de que parece uma mistura dos atores Robert Pattinson e Brendan Fraser.

    O maior sucesso do grupo, "Radioactive", foi guardado para o encerramento, cantado a plenos pulmões pela multidão. Deixaram o palco com a plateia ainda cantarolando o hit. Para o bis, ficou "The Fall", faixa de encerramento do álbum recente.

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