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    CRÍTICA

    'As Raízes do Romantismo' é prazer intelectual garantido

    JOÃO PEREIRA COUTINHO
    COLUNISTA DA FOLHA

    02/05/2015 05h35

    Chega ao Brasil "As Raízes do Romantismo", espantoso livro de Isaiah Berlin, editado pelo Três Estrelas, selo editorial do Grupo Folha. O momento exige um festejo –e uma memória: a tarde em que, chegado a Oxford para pesquisas de doutorado, caminhei até ao Wolfson College para conhecer Henry Hardy, o editor das obras de Berlin.

    O encontro era inevitável: a minha tese era sobre Berlin (1909-1997) "lui même" e Hardy, que seria o meu Virgílio durante a estada oxoniana, passara as últimas décadas de vida a resgatar do esquecimento os inéditos que ninguém acreditava que existiam. ("O nosso Isaiah é como Sócrates", diziam jocosamente os amigos. "Conversa muito e não escreve nada.")

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    O encontro foi agradável: falou-se do homem e da obra. E falou-se sobre a importância do romantismo no pensamento político de Berlin. O romantismo era um assunto tão importante para ele que todo mundo esperava uma obra definitiva sobre o assunto.

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