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    Movimento pede que Caetano Veloso e Gilberto Gil suspendam show em Israel

    DA EFE

    10/05/2015 17h02

    O movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS) pediu aos músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil para cancelarem o seu show em Tel Aviv, marcado para 28 de julho.

    Na opinião do movimento, realizar o show significa apoio implícito à ocupação da Palestina por israelenses.

    Os que assinaram o documento expressaram sua admiração pelo trabalho de Veloso e Gil e seu "compromisso histórico de lutar pela justiça, liberdade e igualdade", em uma nota divulgada em redes sociais e na plataforma Change.org.

    "O mês de julho vai marcar um aniversário dos ataques israelenses em Gaza, durante os quais Israel matou mais de 2 mil palestinos, incluindo 500 crianças. Mais de 100 mil pessoas continuam desabrigadas por causa desses ataques", diz a carta.

    A carta afirma ainda que "agir em Israel serve como um selo de aprovação para as políticas racistas, colonialistas e de apartheid de Israel" e que este país "viola sistematicamente o direito internacional: impede que refugiados palestinos retornem para suas casas, coloniza e ocupa a Cisjordânia e Gaza e discrimina sistematicamente os cidadãos palestinos de Israel ".

    "Nosso pedido tem apoio dos artistas e da sociedade civil palestina, que pedem que artistas [internacionais] não atuem em Israel. Alguns dos que acataram o pedido são Lauryn Hill, Roger Waters, Snoop Dogg, Carlos Santana, Coldplay, Lenny Kravitz e Elvis Costello ", acrescenta a nota.

    O movimento BDS nasceu na sociedade civil palestina em 2005, propondo realizar um boicote até que Israel "respeite o direito internacional e os direitos dos palestinos", e se espalhou nos últimos anos.

    A campanha pede "um boicote aos produtos israelenses e de empresas que se beneficiam da violação dos direitos dos palestinos, além de instituições acadêmicas, esportivas e culturais em Israel".

    Eles também pedem que não se invista em "fundos que financiam empresas cúmplices dessa violação de direitos" e sanções contra o país.

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