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    Mark Lanegan, ex-líder do Screaming Trees, exibe rock introspectivo em SP

    CARLOS MESSIAS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    29/05/2015 02h30

    "Eu sou o lobo sem bando, renegado há muito tempo/ Sobrevivi graças à outra habilidade, e com a minha sombra presente ["¦]"

    Os versos de "I Am The Wolf", faixa de "Phantom Radio", o mais recente álbum de Mark Lanegan, definem o teor musical e a trajetória do americano, que se apresenta no sábado (30) em São Paulo.

    O cantor e compositor foi líder do Screaming Trees, a banda mais psicodélica do grunge, membro rotativo do Queens of The Stone Age e parceiro de artistas como Isobel Campbell, ex-Belle and Sebastian, e o vocalista do Afghan Whigs, Greg Dulli.

    Desde 1989, mantém carreira solo também abrangente. Com vocais graves e profundos, seus cinco primeiros álbuns, todos lançados pelo selo Sub Pop, seguem linha folk com forte influência do blues.

    Exceto por "Imitations" (2013), todos os demais álbuns trouxeram uma sonoridade mais moderna e encorpada, ainda que preservando o estilo introspectivo do cantor, com letras sobre desilusões amorosas e temas espirituais.

    "Não sou religioso, mas canções desse teor funcionam bem com a minha linguagem", diz Lanegan, 50, em entrevista à Folha.

    Desde "Bubblegum" (2004), elementos eletrônicos vêm ganhando espaço em seu trabalho. Tanto que o EP "No Bells on Sunday" e "Phantom Radio", ambos do ano passado, tiveram suas primeiras demos gravadas com o uso de sequenciadores de um aplicativo de celular.

    E renderam o disco de remixes "A Thousand Miles of Midnight", com versões produzidas por referências na música eletrônica, como Unkle, Moby e Soulsavers (com os quais já havia gravado). Ainda assim, o cantor garante que não será o próximo David Guetta.

    "Esse flerte com o eletrônico é uma forma de manter as coisas interessantes para mim. O meu limite para isso é que as músicas ainda possam ser tocadas ao vivo, como uma banda."

    Embora esta seja sua quinta passagem pelo Brasil, o show de sábado será o seu segundo no país acompanhado por uma banda completa. Em 2010, cantou para 600 pessoas, contando apenas com um violonista, na extinta casa Comitê, no Baixo Augusta.

    Já em 2013, se apresentou, também em formato intimista, para 20 mil no festival Porão do Rock, em Brasília. "Foi uma grande mudança [risos]. Mas não me importei, também gosto de plateias grandes."

    MARK LANEGAN
    QUANDO sáb. (30), às 23h
    ONDE Cine Joia, pça. Carlos Gomes, 82, tel. (11) 3101-1305
    QUANTO R$ 160,00 (inteira)
    CLASSIFICAÇÃO 18 anos

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