Tudo é instável nos contos do livro "Perecíveis". Há sempre um estranhamento, um fato absurdo que desestabiliza e tira da ordem usual mesmo as ações mais rotineiras.
Numa das histórias, o narrador congela bifes, moelas, peito de frango e "um filho ou dois", "quase tão lindos como um cachorro filhote" também já congelado.
"Todos os contos lidam com o que transborda, o que não cabe, com o que entra em colapso", diz Elisa Band, 41, sobre sua estreia na literatura.
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A escritora Elisa Band em São Paulo |
Performer, atriz e encenadora, ela reuniu no livro que lança nesta terça-feira (25) contos curtos que dialogam com a poesia e o teatro.
Elisa Band já trabalhou em mais de 20 espetáculos, é professora convidada da SP Escola de Teatro e ministra curso de performance no MAM.
Também faz parte do coletivo literário Djalma, grupo de dez escritores que teve papel preponderante na criação de "Perecíveis". "Foi muito importante ouvir o que as pessoas achavam das histórias."
Ela pretende utilizar algum dos contos no espetáculo "Compêndio de Gavetas, Bactérias, Ursos e Corações", que estreia em São Paulo em 2016.