O próximo James Bond deveria ser negro ou gay, argumentou Pierce Brosnan, que interpretou o sedutor espião 007 em quatro filmes da série.
"Claro. Por que não?", retrucou o ator irlandês, ao ser perguntado por um repórter da revista masculina "Details" se conseguia imaginar um 007 gay.
Brosnan disse duvidar que a produtora da franquia, Barbara Broccoli, permitiria um Bond gay enquanto for viva.
"Mas certamente seria interessante de se ver", acrescentou.
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Pierce Brosnan como James Bond. |
"Vamos começar com um grande ator negro interpretando James Bond. Idris Elba certamente tem o porte físico, o carisma e a presença", sugeriu.
Elba, de 42 anos, é considerado o favorito a suceder Daniel Craig, que há dez anos interpreta o agente britânico a serviço de Sua Majestade.
Brosnan interpretou Bond nos anos 1990 nos filmes "007 contra Goldeneye", "007 - O amanhã nunca morre", "007 - O Mundo não é o Bastante" e "007 - Um novo dia para morrer".
Suas declarações vieram a público cinco meses depois de outro ex-intérprete do 007, Roger Moore, ser alvo de críticas nas redes sociais ao sugerir que o critério racial deveria ser um fator considerado na escolha do próximo James Bond.
"Embora James tenha sido interpretado por um escocês, um galês, um irlandês, acho que deveria ser um inglês-inglês. É uma ideia interessante, mas pouco realista", publicou a revista francesa Paris Match em declarações atribuídas a Moore.
O astro de 87 anos, que interpretou James Bond em sete filmes entre 1973 e 1985, disse que suas colocações foram mal traduzidas.
"Uma entrevista que eu dei à Paris Match sugere que eu disse algo racista sobre Idris Elba. Simplesmente, não é verdadeiro", reagiu Moore em sua conta no Twitter.
"Quando um jornalista pergunta se 'Bond deveria ser inglês' e você concorda, então diz que você falou isto sobre Idris Elba, isso está fora do contexto", acrescentou.
Nascido em Londres, Elba é filho de pai leonês e mãe ganesa. Seu papel de maior destaque até agora foi na pele do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em "Mandela: Long Walk to Freedom".
Nos romances originais de James Bond, escritos por Ian Fleming, o agente secreto é descrito como filho de pai escocês e mãe suíça, tendo passado grande parte da infância fora da Grã-Bretanha.
Órfão aos 11 anos, o herói fictício vive a partir de então com uma tia no sul da Inglaterra e é educado em Edimburgo, na Escócia.