• Ilustrada

    Saturday, 11-May-2024 09:10:54 -03

    Escritora Colleen Hoover provoca comoção na Bienal do Livro do Rio

    MARCO RODRIGO ALMEIDA
    ENVIADO ESPECIAL AO RIO

    06/09/2015 15h01

    A Bienal do Livro é um daqueles raros momentos em que um escritor pode realmente se sentir um ídolo popular. Veja-se o caso de Colleen Hoover. A escritora americana de 35 anos foi recebida como um astro da música ou do cinema ao chegar ao evento literário no Rio nesta manhã de domingo (6).

    A plateia, predominantemente formada por garotas, urrou e aplaudiu muito quando a autora subiu ao palco do auditório Conexão Jovem.

    Hoover ouviu diversos "eu te amo" e declarações de como mudou a vida dos leitores com suas histórias. Algumas adolescentes exibiam orgulhosas os nomes de personagens de seus livros tatuados nos braços e nos punhos.

    Hoover é autora de sucessos como "Métrica", "Essa Garota", "Um Caso Perdido" e "Sem Esperança", todos publicados no Brasil pela Galera Record, o selo juvenil da editora. São romances protagonizados por adolescentes às voltas com o primeiro amor, o amadurecimento e crises na família.

    "Quando escrevo, minha meta é apenas fazer algo divertido para os leitores. Não tenho a intenção de passar nenhuma lição", comentou a escritora. "Se algo puder servir de exemplo, ótimo. Mas minha ideia é apenas fazer os leitores se divertirem um pouco e chorarem."

    Hoover vem sendo bem-sucedida nos dois objetivos. Quando a plateia foi convidada a fazer perguntas, duas adolescentes choraram tanto que mal conseguiram formular alguma questão.

    Outras demonstravam saber tantos detalhes dos livros que a própria Hoover por vezes parecia surpresa com o entusiasmo e carinho das fãs.

    "Isso é uma loucura. Não vou conseguir assimilar até voltar ao quarto de hotel e começar a chorar. Fico muito agradecida a vocês", disse, sob fortes aplausos.

    "Até começar a escrever, há quatro anos, eu nunca havia saído de minha cidade no Texas, nunca havia viajado de avião. Então tudo é muito surreal e incrível para mim."

    Hoover já levou muitas leitoras às lágrimas, mas contou que ela mesma raramente chora ao ler um livro.

    "Não sou uma pessoa emotiva. Meu marido e minha irmã até estranham como posso escrever coisas tão emotivas sendo uma pessoa tão fria. Acho que isso acaba tornando mais fácil para mim observar e descrever o sentimento de outras pessoas."

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024