O terror é um gênero especial: aquele que mais provoca nossa imaginação, nos carrega por territórios desconhecidos, convoca ao mistério, à noite, à insegurança. E seu modelo mais perene é o ambíguo "Drácula" (1931, 12 anos, TC Cult, 17h20).
O rei dos vampiros fez sua estreia ainda no cinema mudo, com o nome de "Nosferatu" (1922, de F.W. Murnau), na Alemanha. Ressurgiu gloriosamente nesta versão sonora, de Tod Browning, com os olhos hipnóticos de Bela Lugosi.
E luz de Karl Freund, o fotógrafo alemão preferido de Murnau. Devem-se a ele o claro-escuro arrebatador do filme. É a luz que convém ao Drácula, já que o conde é uma aparência: bela figura que usa seus poderes noturnos, alimentando-se do sangue que o mantém vivo.
Essa imagem, essa aparência, não seria de certa forma o próprio cinema?
Eis um dos territórios do terrível conde.