• Ilustrada

    Wednesday, 08-May-2024 05:29:38 -03

    CRÍTICA FILME NA TV

    'Johnny Guitar', de 1954, é o faroeste por excelência

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    08/03/2016 02h09

    Divulgação
    ORG XMIT: 433401_0.tif Cena do filme "Johnny Guitar", faroeste clássico de Nicholas Ray. (Divulgação)
    Cena do filme 'Johnny Guitar', de Nicholas Ray

    Seria "Johnny Guitar" (1954, 14 anos, TC Cult, 22h) mais que um faroeste? De certa forma é um filme bem político: um grupo, com Mercedes McCambridge à frente, pretende linchar algumas pessoas e expulsar outras de sua cidade —estamos em plena caça às bruxas.

    Mas é também uma disputa que envolve a chegada da ferrovia ao local. Como se sabe, ferrovia naquele tempo era como metrô agora (com a honrosa exceção de Higienópolis, claro): valorizava tremendamente as terras.

    Acrescentemos um dado a isso: de um lado existe a comunidade, de outro os solitários (não propriamente "os indivíduos"), que são Vienna e Johnny Guitar.

    Nesse sentido, Nicholas Ray, autor do filme, está nos antípodas de Anthony Mann: só lhe interessa o homem só. De preferência, aquele que a sociedade rejeita.

    Ou, para resumir: "Johnny Guitar" é o faroeste por excelência.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024