"Me considero uma multi-artista", diz a cantora e compositora Iara Rennó. Costurando referências da arte, da escrita e do teatro, foi um pulo para chegar ao vídeo.
Ela faz show na terça (21), no MIS, após projeção de lançamento do documentário "Afiando a Flecha".
Idealizado pela jornalista Carola Gonzalez e com direção de Renato Carvalho, o filme acompanha o processo de criação de seu trabalho mais recente –no final de 2016, ela lançou os álbuns gêmeos "Arco" e "Flecha".
| Zanone Fraissat/Folhapress | ||
 |
||
| A cantora e compositora Iara Rennó no MIS, onde lança documentário e faz pocket show |
Para ela, os discos são altamente representativos de sua história, porque carregam influências e parcerias que acumulou na carreira –de Gustavo Galo (Trupe Chá de Boldo) à poeta Alice Ruiz.
Em "Arco", cerca-se de mulheres para tratar de temas mais subjetivos e da poética feminina e libertária. O discurso fica marcado pelos poemas eróticos de sua estreia literária, "Língua Brasa Carne Flor" (Patuá, 2015).
"A bandeira que eu levanto não tem formato. Ninguém vai me ditar, não tem partido. É como eu me expresso", diz.
"O que eu sei é que sou política desde que nasci e trago essa herança comigo", complementa a artista, filha da cantora Alzira Espíndola.
Já em "Flecha", o time de instrumentistas é inteiramente masculino e dialoga com as raízes afro-brasileiras.
"Os dois discursos são diferentes e levam a sonoridades distintas, mas acabam mostrando a minha pluralidade enquanto artista", diz.
*
IARA RENNÓ
QUANDO ter. (21), às 20h30
ONDE MIS - Avenida Europa, 158
QUANTO grátis; retirar ingressos com uma hora de antecedência