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    Morre poeta russo que atraiu 200 mil pessoas a um estádio para recital

    DA ASSOCIATED PRESS

    01/04/2017 23h16

    Dave Pickoff/Associated Press
    FILE - In this file photo taken in Jan. 20, 1972, Russian poet Yevgeny Yevtushenko takes a Russian-style puff on his cigarette as he arrives at Kennedy Airport in New York during his a four-week tour to U.S. Acclaimed Russian poet Yevgeny Yevtushenko, whose work focused on war atrocities and denounced anti-Semitism and tyrannical dictators, has died aged 84, according to several Russian news outlets. (AP Photo/Dave Pickoff, file) ORG XMIT: XAZ127
    Poeta russo Ievguêni Ievtuchenko em Nova York, durante um tour em 1972. (Dave Pickoff/AP Photo)

    O aclamado poeta russo Ievguêni Ievtuchenko, cujo trabalho focou atrocidades de guerras e denúncias contra antissemitismo e ditadores tirânicos, morreu aos 84 anos na manhã deste sábado (1º) em Tulsa, nos Estados Unidos.

    Um dos filhos dele, de mesmo nome do pai, afirmou que o escritor lutava contra um câncer havia seis anos. "Ele morreu em paz, sem dor", disse. O nome do poeta também é grafado como Yevgeny Yevtushenko.

    Ievtuchenko ganhou notoriedade na antiga União Soviética quando tinha pouco mais de 20 anos, com sua poesia que denunciava Josef Stálin. Ele foi aclamado internacionalmente como um jovem revolucionário com a obra "Babi Yar", de 1961, em que abordava a morte de 34 mil judeus por nazistas e a expansão do antissemitismo no território russo.

    No auge de sua fama, ele discursava e recitava seus poemas em estádios de futebol, como ocorreu em 1991, quando reuniu um público de 200 mil pessoas durante um golpe de Estado frustrado na Rússia.

    Em "Não Morra Antes de Morrer", romance escrito em 1993 e lançado no Brasil pela editora Record, ele narra a tentativa de derrubar Mikhail Gorbachev, o último líder da URSS. Naquela ocasião, Yevtushenko foi à sede do govenro e percebeu a fraqueza e a solidão do núcleo nascente da nação russa. E intuiu o caos social que se seguiria.

    "Ievtuchenko foi um grande poeta, seu legado é uma parte integrante da cultura russa", disse o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.

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