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'Peixonauta' tem trama simpática para prender atenção das crianças
MARINA GALEANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA25/01/2018 01h00
PEIXONAUTA (bom)
DIREÇÃO Celia Catunda, Rodrigo Eba e Kiko Mistrorigo
PRODUÇÃO Brasil, 2018 (livre)
ELENCO Celso Alves, Fernanda Bullara, Fábio Lucindo
QUANDO estreia nesta quinta (25)
Veja salas e horários de exibição*
Depois de desvendar inúmeros mistérios na televisão, Peixonauta tem pela frente sua missão mais ambiciosa: estrelar um longa-metragem em 3D, com 77 minutos de duração, que vá além dos episódios vistos no Discovery Kids e em canais abertos.
O famoso personagem brasileiro criado por Célia Catunda e Kiko Mistrorigo já havia dado as caras no cinema em 2012, porém, numa aventura bobinha em 2D que respirava praticamente os mesmos ares dos desenhos exibidos na TV.
Agora é diferente. A primeira preocupação dos três diretores de "Peixonauta - O Filme" –Rodrigo Eba se junta à dupla que concebeu a animação– foi apresentar uma história elaborada, cheia de enigmas e desdobramentos, encenada fora do Parque das Árvores Felizes.
Acompanhado de Marina e do macaco Zico, o agente secreto da O.S.T.R.A (Organização Secreta para Total Recuperação Ambiental) é incumbido de descobrir o paradeiro do Doutor Jardim, avô de sua inseparável amiga.
Para isso, a turma precisa ir até a cidade grande, onde se depara com um mistério ainda maior: todos os habitantes sumiram e as ruas estão desertas. Eles percebem que, na realidade, as pessoas encolheram e correm risco de desaparecer para sempre.
Embora bastante simples, o roteiro funciona bem e constrói uma trama simpática, que consegue prender a atenção dos pequenos de até cinco anos, a quem o longa claramente se destina.
Também marcado pelo viés educativo e pelo tema ambiental, "Peixonauta" não força a barra no didatismo. As mensagens são sutis e encaixadas na narrativa.
Vale pontuar que a interação com os espectadores foi reduzida no cinema, o que garantiu melhor fluidez à história. Os convites para bater palmas e dançar no ritmo da bola pop aparecem só duas vezes. Dá pra aguentar.
Em termos estéticos não há novidades. O 3D apenas incrementa o visual, trazendo profundidade aos traços coloridos, arredondados e chapados do desenho original.
Por outro lado, as diversas referências gráficas aos cartões-postais de São Paulo são um charme à parte, assim como a caprichada trilha sonora, que inclui uma canção de autoria dos Titãs.
Experiência meio cansativa e às vezes irritante aos adultos –a voz estridente do macaco Zico revela-se um verdadeiro teste de paciência–, "Peixonauta" se resolve habilmente com seu público-alvo. Cumpre a proposta de expandir o universo da série da TV e oferece entretenimento de bom gosto à criançada.
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