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    Julio Bressane afirma que seus filmes 'representam movimento aberrante'

    NAIEF HADDAD

    22/10/2017 02h00

    RESUMO Aos 71 anos, o diretor Julio Bressane concluiu há um mês as filmagens de "A Sedução da Carne", que deve estrear em 2018. São mais de 50 filmes numa carreira iniciada em 1966. Embora seja um dos cineastas brasileiros mais prestigiados em festivais europeus, sua obra não convencional atrai pouco público por aqui.

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    Há uma cena do curta-metragem "Viola Chinesa" (1975) que se passa no parque Penhasco Dois Irmãos, no Rio de Janeiro. Mais exatamente em um trecho da rua Aperana conhecido como Sétimo Céu, por causa das sete curvas em sequência e da paisagem que se observa lá de cima.

    Não é por acaso que o lugar aparece nesse filme de Julio Bressane e é cenário de várias de suas produções, como "O Mandarim" (1995) e "Beduíno" (2016). A primeira casa em que o diretor viveu ficava na Aperana, a menos de 50 metros do Sétimo Céu, uma área tranquila do Leblon.

    Em uma breve passagem de "Viola Chinesa", Bressane caminha ao lado de Grande Otelo (1915-1993). Eles não incorporam personagens; representam si mesmos neste filme que não é exatamente um documentário, tampouco uma ficção –nada é convenção no cinema do diretor carioca.

    Ele e o ator andam alguns metros pela Aperana, e a câmera os vê de costas. "Foi um prazer estar com você", diz Bressane. "Eu te agradeço imensamente", responde Grande Otelo. E acrescenta: "O que não entendo são essas suas loucuras. Hoje [enfatiza]. Futuramente, claro, eles vão entender."

    O cineasta se vira para a câmera e abre um sorriso discreto.

    "Grande Otelo, de certo modo, estava certo", diz o diretor ao ser lembrado desta cena 42 anos depois. Bressane não se refere, evidentemente, a sucesso de público.

    Com Alessandra Negrini e Fernando Eiras no elenco, "Beduíno", por exemplo, estreou em 4 de maio deste ano em apenas duas salas em São Paulo e uma no Rio. Ficou sete semanas em cartaz e não chegou a mil espectadores. O filme tende a ampliar seu público com exibições na TV paga, mas ainda assim terá alcance restrito.

    O cineasta, contudo, parece não se incomodar com a bilheteria. "Considero um milagre que um filme como 'Beduíno' entre em cartaz. Com algumas exceções, as pessoas não estão interessadas nesse tipo de filme", diz à Folha.

    Por outro lado, Bressane é um dos cineastas brasileiros com mais prestígio nos festivais da Europa. Nesse sentido, Grande Otelo, de fato, vislumbrou o futuro.

    Aos 71 anos, o diretor foi homenageado em mais de 15 mostras no Velho Continente nas últimas duas décadas. No início de 2015, a Cinemateca de Toulouse promoveu uma exibição com a maior parte de sua obra, oportunidade para a publicação de um ensaio sobre ele na "Cahiers du Cinéma" (cadernos de cinema). A revista francesa, uma das mais respeitadas do gênero, costuma publicar críticas dos lançamentos de Bressane.

    Entre as honrarias que coleciona, estão o prêmio da crítica no Festival de Veneza, por "Dias de Nietzsche em Turim" (2001), e no Festival de Locarno, por "Educação Sentimental" (2013).

    No Brasil, quatro das suas criações ganharam o prêmio de melhor filme do Festival de Brasília : "Tabu" (1982), "Miramar" (1997), "Filme de Amor" (2003) e "Cleópatra" (2007).

    Aliás, Bressane participou do festival já em 1967 com seu primeiro longa, "Cara a Cara". O tradicional evento da capital selecionou o cineasta quando ele havia dirigido apenas dois curtas, "Lima Barreto" e o cultuado "Bethânia Bem de Perto", ambos de 1966.

    NECESSIDADE

    Dessas três produções inaugurais à mais recente, são mais de 50 filmes dirigidos, entre longas e curtas. Ainda há os trabalhos em outras funções, como a assistência de direção em "O Menino de Engenho" (1965), de Walter Lima Júnior. Segundo Bressane, o que o move é a necessidade.

    Ao longo de quase três horas de entrevista em seu apartamento no Leblon (não mais na rua Aperana), o diretor se referiu quatro vezes ao ato de fazer cinema como "uma necessidade", tão imprescindível quanto o ar. "Eu preciso dos filmes, sou constituído de uma patologia que se expressa por meio dos filmes."

    Que não se espere, assim, vê-lo aquietado do ponto de vista criativo —nesse campo, prevalece uma efervescência que contrasta com seus gestos suaves e sua fala serena.

    Há menos de um mês, Bressane concluiu as filmagens de "A Sedução da Carne", baseado em um pesadelo que teve há cerca de dois anos. Sonhou que nacos de carne —no sentido literal, a carne crua que se vende no açougue– dominavam um continente inteiro, destruindo florestas e criando leis.

    A essa primeira inspiração somaram-se temas cultivados em obras mais recentes, como a memória e a intuição. Mais uma vez, o roteiro foi escrito em parceria com a sua mulher, Rosa Dias, doutora em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    Em "A Sedução da Carne", há apenas uma atriz em cena, Mariana Lima, que atuou em filmes como "Árido Movie" (2006), de Lírio Ferreira, e "A Suprema Felicidade" (2010), de Arnaldo Jabor, e tem carreira premiada no teatro.

    "Mariana não só representou o que estava no papel. Ela criou o personagem", comenta o cineasta sobre a atriz, com quem ele trabalha pela primeira vez.

    Mariana dá vida a uma mulher de cultura refinada, que não sai de casa depois de se tornar viúva. Ela passa os dias conversando com um papagaio até que começa a ser perseguida pela carne.

    À primeira vista, estamos diante de uma narrativa insólita. Narrativa? Não é bem assim...

    Bressane diz que seus filmes "representam um movimento aberrante", o que implica, entre outros fatores, a rejeição da narrativa tal qual a conhecemos, ou seja, uma série de acontecimentos devidamente encadeados.

    NADA CLÁSSICO

    Ismail Xavier, professor da USP e pesquisador de cinema, escreveu a esse respeito em 2006: "Não há lugar para clímax e epílogo, somente para a dissolução abrupta de todo um trajeto, como acontece amiúde em seu cinema". Nesse trecho de ensaio publicado na revista "Alceu", da PUC do Rio, o autor se refere especificamente ao filme "Agonia" (1977), mas a análise funcionaria para "A Sedução da Carne", assim como para a maior parte da filmografia de Bressane.

    No mesmo texto, o professor da USP também observa que "jamais a progressão das ações recua a um esquema clássico".

    Avaliações como a de Ismail, por mais minuciosas que sejam, não esgotam a complexidade da obra de Bressane –nem se propõem a tanto. "O Anjo Nasceu" (1969), por exemplo, tem uma narrativa linear, embora seja inovador em outros aspectos.

    No ensaio de 2006, Ismail aponta outras particularidades da obra de Bressane, como a liberdade nos movimentos de câmera, a heterogeneidade das texturas, a recorrência das citações, a música elevada a atração autônoma. Ele ressalta ainda a justaposição de elementos aparentemente desconexos na montagem dos filmes.

    Não é à toa que Bressane costuma se alongar na mesa de montagem. É o que ele faz justamente em "A Sedução da Carne", com conclusão prevista para março do ano que vem.

    De acordo com o diretor, dois festivais europeus –cujos nomes prefere não mencionar– já o convidaram para apresentar esse filme em 2018. O longa deve entrar em cartaz no Brasil no segundo semestre do mesmo ano.

    Na sequência, Bressane pretende reencontrar Machado de Assis, "um escritor tão grande quanto Marcel Proust, ou talvez maior".

    O diretor já levou às salas de cinema "Brás Cubas" (1985) e "A Erva do Rato" (2008), inspirado nos contos "A Causa Secreta" e "Um Esqueleto". Agora se volta para "Dom Casmurro".

    O modo escolhido para reler esse clássico começou a ganhar forma em uma conversa nos anos 80 com o poeta e tradutor Haroldo de Campos (1929-2003), de quem Bressane era muito amigo. "O Haroldo me disse: 'O importante no 'Dom Casmurro' não é Capitu, é o capítulo'."

    Anos depois, o cineasta leu "La Phrase de Proust", livro no qual o crítico francês Jean Milly sustenta que "a patologia engendra o estilo". Grosso modo, ele associa as frases longas de "À Procura do Tempo Perdido" à asma que acometia o romancista.

    "Em uma crise de asma, você não sabe se haverá um próximo passo. Proust estendia a frase até onde o oxigênio no pulmão permitisse porque não sabia se conseguiria respirar de novo. Essa é a figura apresentada por Jean Milly", diz Bressane.

    Para o diretor, o capítulo em Machado está ligado à epilepsia do escritor carioca. É espantoso o número de capítulos dos melhores romances do autor carioca. São 148 em "Dom Casmurro", 160 em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", 201 em "Quincas Borba".

    "Nas obras que formam o momento culminante de Machado, há um surto de capítulos, ou seja, um surto de interrupções. Parece que ele está zombando do leitor", afirma Bressane.

    No novo projeto, o diretor vai em busca do que ele chama de "ossamenta" de "Dom Casmurro", ou seja, aquilo que está no texto, mas não é visível a partir da superfície. Ainda que esteja na primeira versão do roteiro, o título é considerado definitivo: "Capitu e o Capítulo". O cineasta pretende filmá-lo no ano que vem.

    FASE INICIAL

    Seus primeiros longas estão vinculados à "experiência de choque", na definição de Ismail Xavier. Filmados simultaneamente em 1969, "O Anjo Nasceu" e "Matou a Família e Foi ao Cinema" reúnem tipos agressivos, que se armam de uma ironia demolidora.

    Também seguem essa vertente os filmes de Bressane na produtora Belair, parceria dele com o também diretor Rogério Sganzerla, do clássico "O Bandido da Luz Vermelha", e com a atriz e diretora Helena Ignez.

    De janeiro a maio de 1970, finalizaram sete filmes, dos quais "Cuidado, Madame", "A Família do Barulho" e "Barão Olavo, o Horrível" levam assinatura de Bressane.

    Helena Ignez participou de alguns filmes dessa produção inicial, mas marcante mesmo é a presença da atriz Maria Gladys. Nessa fase, ela expôs o ímpeto e a sensibilidade que o diretor tanto buscava, atributos hoje incorporados por Alessandra Negrini, em filmes como "Cleópatra" (2007) e "A Erva do Rato" (2008).

    Em "Cuidado, Madame", Gladys interpreta uma empregada doméstica que dança ao som do samba "7 Horas da Manhã", de Cyro de Souza, depois de esfaquear friamente os seus patrões.

    Nesse filme da Belair, um homem grita várias vezes: "O Brasil é um país abençoado". Era o ápice de um cinema abusado, provocador.

    Em 1969, um ano antes de "Cuidado, Madame", fora criada a estatal Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes). Ganhava sustança o caldo de cultura que daria origem ao rótulo "cinema marginal", que Bressane sempre rejeitou enfaticamente. "Eu, Rogério [Sganzerla], Elyseu Visconti e outros cineastas não concordávamos com o tipo de cinema que a Embrafilme começou a produzir. Nós éramos a contramão, o arrepio."

    "Nossos filmes eram considerados pela Embrafilme 'investimentos de alto risco'. Na verdade, eram pequenos investimentos que dariam pequenos prejuízos enquanto os outros [financiados pela estatal] recebiam grandes investimentos e geravam prejuízos enormes."

    Em meio à falta de apoio à maior parte desses diretores, surgiu a alcunha "marginal", impulsionada pelo lançamento do filme "A Margem" (1967), de Ozualdo Candeias.

    Enquanto conversa comigo, só as menções à Embrafilme e ao "cinema marginal" levaram Bressane a alterar levemente o tom de voz. Logo em seguida, porém, ele se rendeu, nas suas palavras, ao "amor fati" de Nietzsche, noção filosófica que define a aceitação plena da vida.

    "Se tivéssemos sido ungidos nessa época [virada dos anos 1960 para os 70], talvez perdêssemos a capacidade da crítica e da resistência. Sem ressentimentos, portanto", diz o diretor.

    Em 1970, por meio do seu pai, o general João Bressane, o cineasta soube que os filmes dele, Sganzerla e Helena Ignez eram classificados como subversivos pela ditadura militar. Ambos corriam risco de serem presos a qualquer momento. A opção pelo exílio em Londres deu fim à produtora Belair.

    passado e presente Os anos fora do país e a extrema dificuldade para financiar os filmes levaram instabilidade à produção de Bressane na década de 70.

    A partir dos anos 80, em um caminho que se estende até hoje, os personagens do cineasta se tornam "capazes de transfigurar horror e sofrimento em experiência de criação a serviço da vida", nas palavras de Ismail Xavier.

    Nessa segunda fase, ele inicia um movimento de "volta ao passado em busca do presente", como observou o diretor e teórico da comunicação Carlos Adriano em texto publicado na Folha em 1999.

    São filmes-ensaios sobre cantores como Mário Reis ("O Mandarim"), escritores tal qual Oswald de Andrade ("Tabu" e "Miramar"), pensadores como Padre Antônio Vieira ("Os Sermões") e Nietzsche ("Dias de Nietzsche em Turim").

    Bressane não adere às homenagens tradicionais –as fissuras estéticas se mantêm. Ele realiza seus tributos por meio de experimentações, que renovam a potência desses mitos da cultura. Ou melhor, ele desconstrói os mitos, transformando-os em signos, segundo Carlos Adriano.

    Visão original sobre Machado de Assis, o projeto "Capitu e o Capítulo" se insere nesse contexto.

    No entanto, há um outro trabalho do diretor, em fase inicial de montagem, que aponta para novas direções. O objetivo é reunir imagens gravadas por ele ao longo das últimas seis décadas, o que resultará em filme com duração de pelo menos oito horas. Para essa missão de ares monumentais, o cineasta trabalha ao lado de Rodrigo Lima, montador dos seus últimos filmes.

    Entre as imagens estarão registros da viagem que Bressane, Rosa e o cineasta Andrea Tonacci fizeram de Veneza a Kathmandu, no Nepal, em 1972, no período do exílio. O percurso escolhido por eles se baseou em um guia de uma empresa inglesa de ônibus, que conduzia os aventureiros de Londres a Bombaim, na Índia. A cor dos veículos da companhia inspirou o título do filme que virá pela frente, "A Longa Viagem do Ônibus Amarelo".

    Num Volkswagen conversível, Bressane, Rosa e Tonacci passaram seis meses viajando, período em que conheceram lugares no Afeganistão e no Iraque que, depois, foram destruídos pelas guerras.

    Apesar do título, o filme não se restringirá a registros de viagens mundo afora. Terá, entre outras raridades, algumas das primeiras imagens feitas por ele, aos 12 anos, com a câmera que ganhara de presente da mãe.

    MULTIDISCIPLINAS

    "Ao fazer os filmes, fui percebendo minhas deficiências, meu despreparo", conta. "Na verdade, das primeiras imagens que fiz até hoje, sinto que minha percepção do filme é sempre incompleta, sempre provisória."

    Durante a infância, no Rio, ele costumava ir ao cinema para assistir a dois, três filmes por dia nos finais de semana. Uma tia "cinemaníaca" sempre o acompanhava.

    Bressane se lembra de ter visto nessa época produções como "O Sinal da Cruz" (1932), um épico dirigido por Cecil B. DeMille.

    O diretor cresceu; o cinéfilo também. A passagem do tempo deu a ele a clareza sobre o cinema que buscava. "O cinema é um instrumento intelectual sensível que atravessa as disciplinas. Faz fronteira com todas as artes, com a ciência, com a vida. É nessa travessia, nessa passagem por disciplinas como a música e a literatura que a imagem se faz."

    Essa devoção ao cinema o impede de expressar predileção por diretores ou filmes. "Se eu dissesse cem cineastas [que me influenciaram], a lista ficaria incompleta. São tantos, tantos... Mas, num ranking de cem diretores, os dez primeiros seriam do cinema mudo", afirma Bressane, que vê ou revê um ou dois filmes por dia.

    Suas referências, porém, se deixam revelar nos livros que escreveu. Em "Fotodrama" (2005), dedica o primeiro ensaio ao filme "A Crônica de Anna Magdalena Bach" (1968), dirigido pelos franceses Jean-Marie Straub e Danièle Huillet.

    "'Crônica' é um ponto luminoso, um eterno retorno em si próprio e na tradição de filmes experimentais. Experimental no sentido de não renunciar aos privilégios da inteligência espectadora", escreve.

    No mesmo livro, ele exalta "Porto das Caixas" (1962), de Paulo César Saraceni. Bressane se refere ao filme como "arte alusiva, paródica, de consciência do próprio cinema"

    Seu fascínio por "Limite" (1931), o ápice do cinema mudo brasileiro, também se espalha por sua obra bibliográfica, especialmente no livro "Deslimite" (2011).

    À Folha, Bressane cita a obra-prima de Mário Peixoto ao comentar a existência de dois tipos de filme. "Há aqueles que são vistos de uma só vez por muitos, e existem os outros, que são vistos por poucos durante muitos anos. É o caso de 'Limite'. Nos últimos anos, assisti ao filme duas vezes fora do Brasil, e as sessões estavam lotadas."

    Essa divisão do cinema em duas famílias leva à pergunta inevitável: considera que os seus filmes estão nessa segunda categoria?

    "Não sei se terei essa posteridade, tomara que sim."

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    O ESSENCIAL DE BRESSANE
    Sete filmes para conhecer o cineasta

    "O Anjo Nasceu" (1969)
    Bressane retrata a violência e a espiritualidade como o cinema brasileiro jamais havia feito, e causou com esse filme enorme impacto em Rogério Sganzerla, que se tornaria seu parceiro na produtora Belair

    "Matou a Família e Foi ao Cinema" (1969)
    Marco inicial do cinema marginal, o filme é uma espécie de coletânea de contos, interligados entre si e tendo a violência como mote

    "O Mandarim" (1995)
    Filme mais musical de Bressane, com participação de Gal, Caetano, Gil, Chico, Edu Lobo, Raphael Rabelo e seu ator-fetiche Fernando Eiras, em atuação memorável

    "Dias de Nietzsche em Turim" (2001)
    Vencedor do prêmio da crítica no Festival de Veneza em 2001, o filme retrata o filósofo alemão em estado de graça sob o ponto de vista muito particular de Bressane

    "Filme de Amor" (2003)
    Nesse filme, o espectador é convidado a compartilhar da intimidade de duas mulheres e um homem que reinterpretam o mito das Três Graças em um final de semana de delírio e sedução

    "A Erva do Rato" (2008)
    Livremente inspirado nos contos "A Causa Secreta" e "Um Esqueleto", de Machado de Assis, o filme tem sublime direção de fotografia de Walter Carvalho

    "Beduíno" (2016)
    Divagações e memórias de um casal vivido por Alessandra Negrini e Fernando Eiras, que se consolidam como as faces do cinema mais recente do diretor

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    NAIEF HADDAD, 41, é repórter associado da Folha.

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