O Tesouro dos EUA anunciou neste domingo a intervenção federal em duas das maiores empresas do setor hipotecário local --a Freddie Mac e a Fannie Mae. O secretário Henry Paulson também se declarou disposto a fazer uma injeção bilionária de recursos nas duas companhias.
Leia abaixo algumas das principais ações tomadas pelo governo americano para tentar deter a crise que afeta a maior economia do planeta.
17 de agosto de 2007 - O Federal Reserve (o Fed, banco central americano) anuncia uma redução na sua taxa de empréstimo de recursos de curto prazo para bancos com dificuldades financeiras.
22 de agosto de 2007 - O Fed faz nesta quarta-feira uma injeção de US$ 2 bilhões em recursos para o sistema bancário dos EUA, na tentativa de evitar uma crise de liquidez (oferta de dinheiro). Será a primeira de uma longa série.
31 de agosto de 2007 - O presidente George W. Bush define um plano do governo para ajudar as famílias americanas com problemas nos pagamentos das hipotecas de risco. O governo se propõe a garantir os empréstimos de proprietários em dificuldades com mais de 90 dias de atraso em seus pagamentos, incluindo um refinanciamento das dívidas a taxas menores.
18 de Setembro de 2007 - Pressionado por todos os lados, o Fed surpreende o mercado e corta os juros básicos dos EUA em 0,50 ponto percentual, ajustando a taxa para 4,75% ao ano. Não será o último corte - até 30 de abril de 2008, a taxa básica será ajustada progressivamente para 2% ao ano.
6 de dezembro de 2007 - O presidente George W. Bush anuncia o plano federal para congelar os juros dos empréstimos hipotecários por cinco anos. A medida é válida somente para as hipotecas consideradas de alto risco --as "subprimes"-- no epicentro da crise financeira.
12 de dezembro de 2007 - O Fed se une a outros dos quatro principais bancos centrais do mundo --o Banco da Inglaterra, o Banco Central Europeu, o Banco do Canadá e o Banco Nacional da Suíça-- para anunciar uma série de medidas a serem adotadas a fim de enfrentar a crise de crédito. Entre elas, a injeção de dinheiro por meio de operações de curto prazo.
19 de dezembro de 2007 - O Federal Reserve (Fed, o BC americano) libera US$ 20 bilhões em empréstimos a bancos comerciais através de leilões, como parte das medidas para amenizar o impacto da crise de crédito que afeta tanto os EUA como outros países. É o primeiro de uma série de leilões que a autoridade monetária americana fará para evitar uma crise de liquidez no sistema bancário local.
24 de janeiro de 2008 - A Casa Branca e o Congresso dos EUA anunciam acordo para aprovar um o pacote de alívio fiscal para estimular a economia norte-americana e evitar uma recessão no país. O pacote prevê restituições entre US$ 300 e US$ 1.200 e cortes de impostos. O objetivo é que a economia reverta o ritmo de desaceleração e o consumo das pessoas, principal pilar da economia dos EUA, volte a crescer.
11 de março de 2008 - O Federal Reserve (Fed, o BC americano) anuncia uma ajuda de US$ 200 bilhões em dinheiro para instituições financeiras em dificuldade.
17 de Março de 2008 - Em reunião extraordinária, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) corta sua taxa de empréstimos de emergência (redesconto) para os bancos. Também se compromete a auxiliar no financiamento da compra do Bear Stearns pelo JP Morgan, no montante de US$ 236 bilhões. O Fed amplia, além disso, o leque de possibilidades de garantias para os empréstimos e os prazos para pagamento.
20 de maio de 2008 - O Fed libera US$ 75 bilhões para nutrir o sistema financeiro. Desde dezembro, o Fed injetou US$ 510 bilhões no sistema bancário, por meio de empréstimos de curto prazo às instituições financeiras mediante leilões.