A previsão de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até 2010 aumentou 26% desde o lançamento do programa, em janeiro do ano passado.

Leia a cobertura completa da crise nos EUA
Veja as medidas anticrise já anunciadas no Brasil
Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA

Segundo dados divulgados pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em audiência pública na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, o montante previsto de investimentos entre 2007 e 2010 passou de R$ 503,9 bilhões para 636,2 bilhões.

No período pós-2010, o aumento foi ainda maior, passando de R$ 139,2 bilhões para R$ 424,8 bilhões. Dilma voltou a dizer que, mesmo com a crise econômica, os investimentos no programa serão mantidos.

"Vamos cortar custeio. Não temos que cortar (o PAC) porque a situação econômica do governo é diferente, não temos uma crise embutida no orçamento fiscal do Brasil e temos margem para fazer políticas anticíclicas, sejam monetárias, sejam fiscais", disse.

Dilma disse ainda que é difícil prever a duração e a profundidade da crise e que ela é pior do que as crises de 1929 e dos anos 90.

"É uma crise que se da no epicentro da economia internacional. E uma crise de trilhões", afirmou.

PAC

De acordo com a ministra, além da atualização dos preços das obras do PAC, contribuiu para esse aumento na previsão de investimento a inclusão de novos projetos no programa, principalmente das estatais em áreas como transmissão, geração, petróleo e gás. Só a previsão de investimentos das estatais aumentou 56% em relação ao lançamento do programa. Além disso, foram colocadas no programa novas rodovias, ferrovias, termelétricas e investimentos nos testes do pré-sal.