Calisto Tanzi, ex-dono do grupo italiano Parmalat, cuja quebra em 2003 deixou um rombo de 14 bilhões de euros, foi condenado nesta quinta a dez anos de prisão por um tribunal de Milão, anunciou a imprensa local.
Na segunda-feira, a promotoria havia pedido 13 anos de prisão para Calisto Tanzi, alegando que não deveria se beneficiar de circunstâncias atenuantes.
O fundador da Parmalat era processado por manipulação de cotações na Bolsa, cumplicidade na falsificação de balanços com auditores de contas e obstrução às auditorias. A falência do grupo afetou cerca de 30 mil investidores.
Foram absolvidos, no entanto, os outro oito acusados, entre eles o ex-representante da Parmalat na Venezuela Giovanni Bonici, assim como Antonio Luzi, Luis Moncada e Luca Sala, antigos funcionários do Bank of America.
Em comunicado de imprensa divulgado hoje, o Bank of America expressou sua satisfação com a decisão de absolver três de seus antigos empregados da acusação de especulação abusiva.
Esse é o primeiro julgamento no caso da bancarrota do gigante do setor de alimentos, um dos maiores escândalos financeiros dos últimos anos na Europa.