A Hungria está disposta a renegociar as condições sobre o pagamento de sua elevada dívida com a UE (União Europeia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), anunciou nesta segunda-feira em entrevista coletiva em Budapeste Viktor Orban, líder do partido vencedor nas eleições legislativas de domingo.
Orban, que preside o partido Fidesz, reconheceu que o país "está imerso em dívidas" e anunciou sua disposição em renegociar seus compromissos financeiros com UE e FMI quando assumir o poder.
"Somos nós que devemos ter um novo plano", disse Orban, após assegurar que o novo governo, que possivelmente será chefiado por ele, terá como meta "um deficit de 0%", para o que elaborará planos a longo prazo.
Analistas acreditam ser possível que a Hungria fixe com o FMI uma redução do deficit fiscal para 5% ainda em 2010, o que permitiria ao novo gabinete aliviar os ajustes econômicos e devolver empréstimos de 20 bilhões de euros pedidos para evitar a quebra do Estado.
Nas eleições legislativas de ontem, os eleitores decidiram apoiar o Fidesz com 263 das 386 cadeiras do Parlamento. Os socialistas, até agora no poder, ficaram com apenas 59 deputados.
Está previsto que o novo Parlamento se reúna dentro de um mês e que o presidente da República nomeie Orban como primeiro-ministro.