Terminou nesta sexta-feira (24), depois de oito dias, a greve dos funcionários da metalúrgica Bosch em Curitiba. Os 3.600 trabalhadores estavam parados para protestar contra o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) proposta pela empresa.
Audiência entre Bosch e grevistas termina sem acordo no PR
O acordo fechado entre sindicato e empresa, em audiência realizada hoje no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), foi de R$ 6.500 --menos do que os R$ 9.000 reivindicados pelo sindicato, mas mais do que os R$ 4.800 propostos inicialmente pela Bosch.
Na última terça-feira, a Bosch havia conseguido dividir o movimento grevista propondo uma PLR de R$ 6.000, que foi aceita pelos funcionários administrativos (que representam cerca de 25% do total do quadro pessoal). Com o novo acordo, porém, todos os trabalhadores receberão R$ 6.500 de PLR.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, Sérgio Butka, o valor não foi o ideal. Ele reclamou de "assédio moral" por parte da Bosch, e disse que a empresa pressionou os trabalhadores a voltarem ao trabalho e aceitarem o acordo de R$ 6.000.
A Bosch negou qualquer tipo de assédio e afirma, em nota, que todo o contato da empresa com os funcionários durante a greve foi feito "no sentido de mantê-los informados".
Os funcionários voltam a trabalhar normalmente ainda hoje.
A unidade da Bosch em Curitiba produz bombas injetoras para veículos a diesel --fornecidas para montadoras de veículos pesados (ônibus, caminhões e tratores). A maior parte das vendas da unidade é exportada.