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    Schincariol passa a se chamar Brasil Kirin e deve vender produtos da japonesa

    DA REUTERS

    12/11/2012 15h27

    A Schincariol reformulou sua estratégia para ganhar força e ampliar presença no país e, a partir desta segunda-feira, passa a se chamar Brasil Kirin. A mudança acontece um ano após a fabricante de bebidas ter sido adquirida pela cervejaria japonesa Kirin.

    "O Brasil é um dos cinco principais países para a Kirin no mundo", disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Gino Di Domenico. "Neste último ano tivemos resultados positivos, o que nos dá certeza de que estamos no caminho correto, e essa mudança marca o início de uma nova fase".

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    Logo da Brasil Kirin, ex-Schincariol
    Logo da Brasil Kirin, ex-Schincariol

    Segundo o executivo, a empresa deve fechar este ano com geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 550 milhões de reais, comparado a R$ 300 milhões em 2011.

    Em 2012 até outubro, a agora Brasil Kirin apurou crescimento de 9,9% no volume de vendas de cerveja, enquanto o setor como um todo teve alta de 3,3%. Em faturamento, as vendas subiram 12% no ano até o mês passado.

    "Os números reforçam o investimento feito pela Kirin e nos dão base para um crescimento mais sustentado nos próximos anos", afirmou Di Domenico.

    A cervejaria japonesa Kirin adquiriu em novembro do ano passado as ações dos minoritários da Schincariol, se tornando controladora da empresa brasileira que, segundo o executivo, "não tem plano de abrir capital no Brasil". Di Domenico assumiu o comando da companhia em fevereiro deste ano.

    Segundo ele, a mudança da marca institucional não implicará em alterações nas marcas de produtos. "A marca Schin continua, porque é muito forte no país, principalmente no Norte e Nordeste... As marcas continuam, cada uma com a sua estratégia", disse ele.

    O foco do novo posicionamento, ainda conforme o executivo, está em ganhar mais espaço nas regiões mais desafiadoras e reforçar as operações naquelas onde a empresa já tem uma posição mais confortável.

    "Estamos deixando de ser uma empresa essencialmente industrial e passando a olhar o mercado e os consumidores... O foco está principalmente em distribuição", disse.

    Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, a companhia já vem realizando investimentos para expandir a capacidade de produção, estratégia que será mantida.

    O maior desafio, contudo, está nas regiões Sul e Sudeste, onde "estamos trabalhando para tornar a rede de distribuição mais forte, para que produtos cheguem a mais pontos de venda", acrescentou Di Domenico.

    A estratégia de mudança da marca institucional, que contará com uma série de ações de divulgação, é parte do investimento de R$ 480 milhões programado pela empresa para o ano.

    NOVOS PRODUTOS

    Com 16,6% do mercado brasileiro de cerveja e 6,83% do de refrigerantes --conforme dados de outubro do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe)--, a Brasil Kirin pode ampliar o portfólio de produtos a partir do próximo ano.

    Segundo Di Domenico, a empresa está estudando começar a vender no país alguns produtos fabricados pela Kirin no Japão. A fabricante japonesa possui um portfólio amplo, composto por vinho, alimentos, entre outros itens.

    "Aqui estamos sendo mais seletivos, olhando bebidas alcoólicas e não-alcoólicas", disse o executivo, acrescentando que as novidades chegarão ao mercado brasileiro em 2013, mas sem especificar quais produtos serão introduzidos.

    No Brasil, a companhia tem como principais concorrentes diretos AmBev e Grupo Petrópolis.

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