O "Lloyd's List", que oferece notícias de navegação desde 1734, em Londres, decidiu que vai abandonar sua versão em papel e se tornar uma publicação apenas digital.
O jornal de negócios mais antigo do mundo começou na forma de um cartaz que era afixado às paredes de um café na City de Londres oferecendo notícias e informações sobre o setor de navegação.
De lá para cá --com os veleiros de madeira substituídos por superpetroleiros--, a publicação, que o setor conhece como "The List", evoluiu de um panfleto para uma série de produtos digitais, entre os quais um site e aplicativos para smartphones e tablets.
A publicação conta com 16,6 mil assinantes pagantes, e uma assinatura anual sai por cerca de 1.800 libras (cerca de R$ 6.500).
"Continuamos a ser a fonte essencial de notícias sobre informações de comércio marítimo internacional, mas agora você pode nos ler em seu iPad, em qualquer café do mundo, a qualquer hora do dia", disse Richard Meade, editor do "Lloyd's List".
A Informa, companhia responsável pelo "Lloyd's List" e integrante do índice de ações FTSE-250 da bolsa de Londres, afirmou que a decisão de adotar formato exclusivamente digital surgiu depois de meses de pesquisa e preparação.
Uma pesquisa entre consumidores realizada em junho constatou que 97% deles tinham a mídia on-line como método preferencial de acesso a informações de negócios. Menos de 2% dos leitores atuais acessam o "Lloyd's List" apenas por meio de sua versão em papel.
O "Lloyd's List" é só uma das milhares de publicações que tiveram de transformar seu modo de distribuição de conteúdo nos últimos anos, com a migração dos consumidores e anunciantes para a mídia online.
Grupos de informações de negócios como o Informa, Reed Elsevier e Wolters Kluwer dedicaram os últimos dez anos a enfrentar a transição das publicações em papel para as versões digitais, e hoje derivam a maior parte de sua receita de produtos digitais.
Tradução de PAULO MIGLIACCI