As empresas do grupo EBX, de Eike Batista, iniciaram um plano de desocupação do histórico edifício Serrador, no centro do Rio, disse uma fonte a par do assunto. A mobilização começará pela empresa de logística, a LLX, que pretende deixar a atual sede até o final de outubro.
A ideia é que as outras companhias que estão no local também deixem o prédio, que é alugado desde o final de 2011, o mais rápido possível, assim que acharem novos locais para instalarem os seus funcionários.
De acordo com a fonte, o prazo de locação vai até março de 2015 e deverá ser rescindido com o pagamento de multa prevista no contrato. As companhias não sairão do prédio todas ao mesmo tempo porque não têm um local único para se instalarem.
A holding deverá se mudar para o antigo escritório do grupo, mas as outras empresas não caberiam no local. A empresa é dona do 10º andar do prédio localizado na Praia do Flamengo (zona sul), no número 154.
Além da EBX e LLX, estão no prédio atualmente a MMX (mineradora), OGX (petroleira), OSX (construção naval), CCX (carvão) e IMX (marketing esportivo e de eventos).
ENEVA
A Eneva, antiga MPX, mudou do Serrador em julho. A companhia de energia transferiu as suas operações para um edifício também na Praia do Flamengo, no número 66.
Os processos administrativos, que eram integrados, foram desmembrados, para que as empresas achem soluções individualmente. O grupo quer que os novos controladores se mobilizem para conseguirem novos locais.
As empresas de Eike Batista, que são interligadas, enfrentam um processo de forte desvalorização desde que a petroleira OGX não atingiu os níveis de produção esperados. Nos últimos meses, o empresário tem se desfeito de ativos e do controle das companhias.
Rafael Andrade - 3.set.09/Folhapress | ||
Fachada do edificio Francisco Serrador, inaugurado em 1944, e que abriga as empresas do grupo X. |