Maior empresa de comércio eletrônico da China, o Alibaba usou a internet para revolucionar o varejo do país e agora voltou seus esforços para um novo problema do gigante asiático: a falta de doadores de esperma.

Com os níveis crescentes de infertilidade (afetada pela piora das condições ambientais e pelas longas jornada de trabalho, dizem especialistas), os bancos de esperma do país estão vivendo momentos difíceis.

Daí a intervenção do Alibaba. O seu site Juhuasuan (espécie de Groupon) começou a divulgar um anúncio oferecendo até US$ 800 por doações bem-sucedidas.

O anúncio ficou no ar por apenas três dias (de 15 a 17 deste mês), mas foi o suficiente para obter 22 mil interessados em ajudar sete bancos de esperma cadastrados —um fluxo equivalente ao de um ano de alguns desses centros.

"Em média, recebemos 300 doadores ao ano, mas, nos três dias no Juhuasuan, recebemos mais de mil cadastros. Se 20% doarem, serão 200 novos doadores", afirma Wang Zhiqiang, diretor do banco da província de Guanxi.

A falta de oferta tem feito os centros de doação superar vários tabus. Em abril, um banco da província de Hubei usou o Weibo (rival do Twitter) para angariar interessados: "Parem de gastar seus lenços de papel. Esta é sua oportunidade. O banco de Hubei está precisando desesperadamente de esperma".