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    Rodada Doha é lista de promessas descumpridas, diz Itamaraty

    DA EFE

    16/12/2015 11h17

    Alan Marques/Folhapress
    O ministro brasileiro de Relações Exteriores Mauro Vieira
    O ministro brasileiro de Relações Exteriores Mauro Vieira

    O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, defendeu nesta quarta-feira (16) a eliminação dos subsídios agrários que freiam as exportações dos países em vias de desenvolvimento, culminando em acordos de liberalização da Rodada Doha, que até agora foi "uma lista de promessas não cumpridas".

    O delegado brasileiro criticou a falta de consenso multilateral durante seu discurso no plenário da cúpula da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada nesta semana em Nairóbi.

    "A OMC demonstrou ser um órgão indispensável para consolidar o comércio e resolver conflitos, mas agora se encontra em um momento-chave, porque ainda não há acordo político para consolidar os acordos da Rodada Doha, que foi um lista de promessas não cumpridas para os países em vias de desenvolvimento", manifestou.

    Para Vieira, há uma "clara assimetria" nos acessos ao mercado para países desenvolvidos e não desenvolvidos, e também acordos regionais em grande escala que "colocam dúvidas sobre a validade da OMC como fórum de negociação".

    Neste contexto, disse o ministro do Itamaraty, duas opções se apresentam: chegar a um grande acordo em Nairóbi que culmine com a liberalização comercial ou o fracasso pela falta de consenso.

    "Deveríamos sair daqui com um acordo que proíba os subsídios agrícolas, que são a pior distorção do comércio, e um grande pacote de medidas para ajudar os países em vias de desenvolvimento. Isto aumentaria a credibilidade deste fórum", encorajou.

    "A outra opção seria acabar sem nenhum êxito e querer escondê-lo com resultados fictícios. Isto diminuiria toda a credibilidade no momento que mais precisamos", ressaltou o delegado brasileiro.

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