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    Previdência

    Não dá para escapar de reforma da Previdência, diz Maia em Israel

    MIRIAM SANGER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE JERUSALÉM

    30/10/2017 16h11

    Miri Shimonivich/Divulgação
    Maia recebeu uma camiseta da seleção israelense de Yuli Edelstein
    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em encontro com parlamentares em Israel

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta segunda (30), que "não dá para escapar" da votação da reforma da Previdência. A declaração foi dada no segundo dia de visita do parlamentar à Israel. Maia participou de dois encontros no parlamento israelense (Knesset), com o presidente da casa, Yuli Edelstein, e com o ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan.

    "Não podemos chegar como estamos em 2019, pois isso exigiria uma reforma muito mais dura do que hoje. Tenho alertado: não podemos chegar à situação da Grécia e de Portugal, que foram obrigados a cortar a aposentadoria", disse.

    Maia também afirmou que acredita que em breve receberá o projeto de privatização da Eletrobras. "Temos pela frente temas que geram muito debate. Vamos ver o que mais será possível votar ainda nesse ano."

    AGENDA EM ISRAEL

    O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu cancelou a reunião prevista para hoje. Houve uma tentativa de incluir a comitiva brasileira na agenda do presidente de Israel, Reuven Rivlin –sem sucesso.

    Os encontros no Parlamento foram protocolares, com trocas de pequenos presentes (livros e camisetas) e sinalizações do desejo de aprofundar o relacionamento entre os dois países. Edelstein convidou o Brasil a participar, em fevereiro, de uma reunião internacional de diretores de parlamentos nacionais. Maia confirmou imediatamente o convite.

    Já Erdan convidou o governo brasileiro para um encontro internacional em maio, sobre segurança interna.

    Maia sinalizou, durante os encontros, uma intenção de criar laços com o setor de segurança do governo israelense e também com empresas privadas locais para aquisição de produtos e de tecnologias ligadas a segurança pública.

    "Diferente de Israel, o Brasil não corre risco de terrorismo. No entanto, temos o combate ao tráfico de armas e de drogas, e Israel tem tecnologias de controle de fronteiras que podem ser aplicadas em nosso país. Temos três crises com as quais lidamos no momento: a política e econômica, a ética e, em terceiro lugar, a violência, que já não está centralizada apenas no Rio e em São Paulo."

    Essa é a segunda visita de Maia a Israel, mas a primeira dos participantes da comissão que o acompanha, formada pelos deputados federais Baleia Rossi (PMDB-SP), Marcos Montes (PSD-MG), José Rocha (PR-BA), Alexandre Baldy (PODE-GO), Benito Gama (PTB-BA), Cleber Verde (PRB-MA), Heráclito Fortes (PSB-PI), Orlando Silva (PC do B-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR).

    "Em muitos países, não apenas no Brasil, parlamentares são criticados por visitas como a que estamos fazendo aqui. Mas as relações parlamentares são importantíssimas para as democracias", afirmou Maia, defendendo-se de ataques a respeito da viagem, que está sendo custeada pelos cofre públicos.

    Na terça-feira (31), a comitiva viajará a Belém, onde visitará a Igreja da Natividade e se reunirá com a prefeita da cidade, Vera Baboun. Quarta (1), o grupo irá a Ramala para se encontrar com o Secretário-Geral do Conselho Legislativo Palestino, Ibrahim Khrishi, e o Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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