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    Obama promete fechar prisão americana de Guantánamo, em Cuba

    da France Presse, em Washington

    16/11/2008 22h49

    O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (16) que pretende fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, para recuperar "a estatura moral dos Estados Unidos no mundo", em uma entrevista na televisão.

    "Eu afirmei várias vezes que tinha a intenção de desativar Guantánamo, e continuarei assim, e é isso que farei", disse Obama, que assumirá a presidência americana no dia 20 de janeiro.

    "Afirmei várias vezes que os Estados Unidos não torturam. E vou me certificar de que não torturamos. Isso faz parte dos esforços para recuperar a estatura moral dos Estados Unidos no mundo", indicou.

    Obama participou ao lado da mulher, Michelle, do programa "60 Minutes", da rede de televisão americana CBS.

    Política antiterrorista

    A organização americana de defesa dos direitos humanos HRW (Human Rights Watch) pediu hoje a Obama que rejeite as "escandalosas práticas antiterroristas" do governo do atual presidente George W. Bush.

    "Ao assumir as funções, o presidente Barack Obama deve repudiar categoricamente as práticas antiterroristas escandalosas dos sete últimos anos e adotar uma política eficaz e eqüitativa", afirmou a organização em comunicado.

    A HRW sugeriu ao novo presidente fechar o centro de detenção militar de Guantánamo e "rejeitar 'a guerra contra o terrorismo' como base jurídica para prender pessoas suspeitas de terrorismo".

    Pede também que Obama acabe com as prisões secretas da CIA e ainda repudie "as normas do Departamento de Justiça e do presidente que autorizam a tortura e outros maus-tratos".

    "Há muito tempo, os Estados Unidos reduziram sua capacidade de luta contra o terrorismo ao adotar uma política de vista curta que autoriza a tortura e a detenção ilimitada sem indiciamento", afirmou o diretor de HRW, Kenneth Roth.

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