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    Veja os principais fatos ocorridos no mundo em 2008

    da Folha Online

    31/12/2008 08h10

    A eleição presidencial americana desperta interesse e expectativa em todo mundo, com a mensagem de mudança e a biografia do presidente eleito, Barack Obama, filho de um queniano e de uma americana, formado em Harvard.

    A libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt em uma ação do Exército colombiano representa um golpe para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que enfrenta também a morte de seus dois principais líderes.

    O mundo assiste surpreso ao crescimento da pirataria moderna na costa da Somália e à demonstração de força do terrorismo na Índia, com os ataques coordenados em Mumbai.

    O ano marca o fim dos governos dos ditadores de Cuba, Fidel Castro, após 49 anos no poder, e do Paquistão, Perfez Musharraf, do Paquistão, problemático aliado americano na luta contra o terrorismo.

    2008 é também o ano do ocaso do governo de George W. Bush, que caminha para o fim sob a mais baixa aprovação popular da história. O presidente, cujo mandato termina no próximo dia 20 de janeiro, escapa em dezembro de ser atingido pelos sapatos lançados por um jornalista iraquiano, em protesto contra a ocupação do seu país.

    Confira também os principais fatos de Brasil, Cotidiano, Ciência, Dinheiro, Esportes, Ilustrada.

    Veja abaixo a retrospectiva das principais notícias internacionais deste ano:

    27 de janeiro

    Considerado o dirigente mais corrupto do mundo, o ex-ditador Suharto (1965-1998), morre aos 86 anos. Após subir ao poder com um golpe militar, ele deu início a uma repressão aos comunistas, na qual morreram cerca de 500 mil pessoas. Em 1975, a invasão liderada por ele da ex-colônia portuguesa de Timor Leste matou mais 200 mil. As mortes de 500 estudantes durante protestos contra o seu governo, enfraquecido pela Crise Asiática, tornaram a pressão tão grande que ele renunciou em 1998. A família de Suharto acumulou até US$ 35 bilhões por meio da corrupção, segundo Transparência Internacional. Ele nunca foi julgado. O seu governo também foi marcado por um grande desenvolvimento econômico, beneficiado pelo apoio dos Estados Unidos.

    12 de fevereiro

    AP
    Governador de Nova York, Eliot Spitzer, anuncia sua renúncia após escândalo sexual com prostituta Ashley Alexandra Dupre
    Governador de Nova York, Eliot Spitzer, anuncia sua renúncia após escândalo sexual com a prostituta Ashley Alexandra Dupre

    Depois de admitir ter contratado os serviços da prostituta Ashley Alexandra Dupre, o governador democrata do Estado de Nova York, Eliot Spitzer, renuncia ao cargo. A confissão aconteceu depois que o FBI (a polícia federal americana) chegou ao seu nome durante a investigação sobre uma rede de prostituição de luxo. O depoimento da cafetina brasileira Andreia Schwartz, que disse ao FBI que agenciava garotas de programa para Spitzer, foi fundamental para a investigação. Ele foi sucedido pelo vice-governador David Paterson, que assumiu ter tido um caso extraconjugal e ter cheirado cocaína no passado.

    17 de fevereiro

    Valdrin Xhemaj - 22.fev.08/Efe
    Soldados policiam uma manifestação de sérvios contra a independência, em Kosovo
    Soldados policiam uma manifestação de sérvios contra a independência, em Kosovo

    O Kosovo declara unilateralmente sua independência da Sérvia, após um processo de afastamento iniciado com o fim da Iugoslávia, em 1991. O presidente sérvio, Boris Tadic, diz que "a Sérvia nunca reconhecerá a independência do Kosovo". Os Estados Unidos reconhecem a independência kosovar no dia seguinte, mas a comunidade internacional se divide. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mantém apoio à Sérvia, aliada tradicional do seu país, e diz que o reconhecimento à independência kosovar seria "ilegal e imoral".

    19 de fevereiro

    O ditador Fidel Castro, 81, renuncia à Presidência de Cuba e a seu cargo de comandante do Partido Comunista após 49 anos na liderança da ilha. Fidel, que encabeçou a Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959, já havia transferido seus poderes ao irmão Raúl Castro, 76, em julho de 2006, quando se afastou do comando da ilha por motivo de doença. Cinco dias depois, a Assembléia Nacional de Cuba confirma Raúl Castro, que foi ministro da Defesa durante todo o governo do irmão, como o novo presidente, criando expectativas de abertura no regime.

    1° de março

    Raúl Reyes, porta-voz e segundo homem das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), é morto em território do Equador durante ataque aéreo das forças militares colombianas. Os governos do Equador e da Venezuela retiram seus embaixadores de Bogotá, e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordena no dia seguinte a mobilização de dez batalhões militares na fronteira com a Colômbia. A crise internacional causada pelo ataque se agrava quando o governo da Colômbia informa ter encontrado indícios de ligações do governo equatoriano com as Farc. Seis dias depois, os presidentes dos três países cumprimentam-se durante um encontro do Grupo do Rio, em Santo Domingo, na República Dominicana, e dão por encerrado o conflito, depois que Uribe pede perdão ao Equador. Em maio, morre o líder e fundador das Farc, Manuel Marulanda, o Tirofijo, supostamente em conseqüência de um ataque do coração.

    3 de março

    Com 70,28% dos votos, Dmitri Medvedev é eleito o novo presidente da Rússia. Aliado próximo do ex-presidente Vladimir Putin, a quem a lei vedava um terceiro mandato consecutivo, ele assume o cargo em maio e indica o mentor como primeiro-ministro.

    13 de março

    Produtores rurais argentinos paralisam suas atividades em protesto contra o aumento dos impostos apoiado pelo governo da presidente Cristina Kirchner. Dias depois, dão início ao bloqueio de estradas, o que leva à reação dos caminhoneiros, que exigem o desbloqueio. As paralisações provocam falta de produtos básicos em algumas cidades e fazem a presidente enfrentar o primeiro panelaço do seu governo. O governo argentino suspende os novos impostos depois que o projeto é rejeitado no Senado por um voto. O vice-presidente, Julio Cobos, que também preside o Senado, desempatou a votação em favor dos produtores.

    14 de março

    Tropas do Exército chinês isolam os três maiores mosteiros em Lhasa, capital tibetana, enquanto protestos contra a dominação da China sobre o Tibete se espalham pela região nos dias seguintes. Comunidades tibetanas nas províncias de Sichuan, Qinghai e Gansu saem às ruas, forçando as forças de segurança chinesas a se mobilizarem para o oeste da China. O governo chinês informa que 19 pessoas morrem nos protestos, mas organizações tibetanas no exílio dizem que a repressão policial causou mais de 140 mortes. A União Européia aprova uma declaração na qual pede o "fim da violência" no Tibete, mas descarta fazer um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim.

    29 de março

    Tsvangirayi Mukwazhi/AP
    O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, discursa durante a campanha do segundo turno; violência levou o oponente a desistir
    O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, discursa durante a campanha do segundo turno; violência levou o oponente a desistir

    O líder oposicionista Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês), vence o primeiro turno das eleições presidenciais no Zimbábue contra o presidente Roberto Mugabe, mas não consegue a maioria absoluta dos votos, e a decisão vai para o segundo turno. Uma semana antes da segunda votação, em junho, Tsvangirai se retira das eleições por causa de ataques contra seus partidários por forças fiéis a Mugabe. O presidente, que lidera o país desde 1980, concorre sozinho e obtém mais de 80% dos votos.

    20 de abril

    O bispo aposentado Fernando Lugo vence a eleição presidencial no Paraguai, derrotando a candidata Blanca Ovelar, do Partido Colorado, grupo que esteve no poder por 61 anos. Ligado a movimentos sociais e de esquerda, Lugo prometeu fazer uma "reforma agrária consistente" no país e renegociar o tratado da usina binacional Itaipu, para garantir que o Brasil pague "um preço justo" pela energia que compra do país.

    27 de abril

    A polícia da Áustria prende Josef Fritzl, 73, que manteve sua filha, Elisabeth, como escrava sexual no porão de casa durante 24 anos, desde que ela tinha 18 anos, e teve sete filhos com ela. Três das crianças moraram com a mãe, sem jamais ver a luz do dia, uma morreu depois do parto e os outras três foram criadas por Fritzl e por sua mulher, Rosemarie, que disse ter sido informada por ele de que eram filhos abandonados de Elisabeth. Quando a filha desapareceu, Fritzl forjou uma carta dela, dizendo que havia fugido com uma seita religiosa. Entre outras acusações, Fritzl responde pela morte de um dos filhos, em 1996, já que não procurou ajuda, mesmo sabendo que o recém-nascido corria o risco de morrer. O caso veio à tona dois anos depois que a Áustria se mobilizou ao saber do caso de Natascha Kampusch, que ficou dos dez aos 18 anos presa em um porão sob poder de um homem que a seqüestrou quando ela ia para a escola. Kampusch doou 25 mil euros (R$ 84 mil) para as vítimas de Josef Fritzl.

    12 de maio

    Um forte terremoto atinge a Província de Sichuan, na região ocidental da China, matando 69.227 pessoas segundo dados oficiais divulgados posteriormente. Outras 18.222 são consideradas desaparecidas. O tremor, que atingiu 7,8 graus na escala Richter, provocou o desabamento de vários prédios residenciais, escolas, hospitais e fábricas, o que levou a protestos contra a qualidade das construções.

    4 de junho

    O senador por Illinois Barack Obama se declara o candidato democrata à Presidência dos EUA, após atingir a marca mínima de delegados para garantir a nomeação. Primeiro candidato negro à Casa Branca por um grande partido, Obama começou a disputa como azarão, mas superou o favoritismo da ex-primeira-dama Hillary Clinton ao adotar o tema da "mudança" e privilegiar vitórias em pequenos Estados e em "caucus" (assembléias de eleitores) durante as primárias. O senador pelo Arizona, John McCain, havia garantido a vaga de candidato republicano em março, ao vencer a primária no Texas e ultrapassar os 1.191 delegados necessários para vencer os postulantes que continuavam na disputa.

    12 de junho

    Peter Morrison-13.jun.2008/AP
    Os eleitores irlandeses rejeitaram o Tratado de Lisboa --que tem como objetivo reformar a União Européia-- em votação popular
    Os eleitores irlandeses rejeitaram o Tratado de Lisboa --que tem como objetivo reformar a União Européia-- em votação popular

    Com 53,4% dos votos, os eleitores irlandeses rejeitam o Tratado de Lisboa, o que coloca em risco a adoção do texto pela União Européia (UE), o que depende da aprovação de todos os países-membros. O tratado é uma tentativa de salvar pontos do projeto da Constituição Européia, abandonado em 2005 após a rejeição de eleitores da França e da Holanda, e prevê a diminuição do poder de veto dos países e a centralização de decisões sobre política externa, entre outras medidas. Único país a submeter o tratado à votação popular, a Irlanda ganhou uma chance de reavaliar a adesão às regras, quando a cúpula de fim de ano da UE discutiu formas de salvar o tratado.

    2 de julho

    A política franco-colombiana Ingrid Betancourt, três americanos e 11 militares colombianos são resgatados de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por tropas colombianas. Betancourt havia sido seqüestrada em 2002, quando fazia campanha eleitoral como candidata à Presidência pelo Partido Verde e disse ter ficado acorrentada durante três anos. A operação de resgate foi descrita como perfeita pelo governo colombiano, que informou ter enganado os guerrilheiros, fingindo que os militares eram membros de um grupo humanitário pró-Farcs, mas sofreu críticas quando foi divulgado que pelo menos um dos membros da equipe usou o símbolo da Cruz Vermelha Internacional como parte do disfarce. A provação do presidente colombiano, Álvaro Uribe, atingiu um recorde após a libertação, que foi vista como mais um duro golpe contra as Farc, no ano em que a guerrilha perdeu vários líderes.

    21 de julho

    Reuters
    Montagem mostra o ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic com o disfarce que usou durante anos (à esq.) e imagem dele em 1995
    Montagem mostra o ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic com o disfarce que usou durante anos (à esq.) e imagem dele em 1995

    O ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, acusado de ter planejado crimes de guerra que incluem o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), é preso em uma ação que pôs fim a uma busca de 13 anos. Karadzic, formado em psiquiatria, trabalhava em um consultório de medicina alternativa na capital sérvia, Belgrado, com uma barba longa, sob o pseudônimo de Dragan Dabic. Ele é extraditado para Haia, na Holanda, para ser julgado por crimes de guerra, onde se apresenta sem barba, dias depois, e assume a própria defesa.

    7 de agosto

    Gleb Garanich/Reuters
    Georgiano chora agarrado a parente morto durante bombardeio russo na cidade de Gori, 80 km de Tbilisi (capital da Geórgia)
    Georgiano chora agarrado a parente morto durante bombardeio russo na cidade de Gori, 80 km de Tbilisi (capital da Geórgia)

    Tropas da Geórgia invadem a Ossétia do Sul, região separatista que declarou independência no começo dos anos 90, provocando a reação da Rússia, que apóia a secessão e mantém forças de paz na região. Nos dias seguintes, a Rússia envia tropas para a Ossétia, bombardeia o território georgiano e abre uma nova frente de conflito na região separatista de Abkházia, no noroeste da Geórgia. Após pressão internacional, os dois países assinam um acordo de cessar-fogo. No dia 26 de agosto, a Rússia reconhece a independência da Ossétia do Sul e da Abkházia, o que é visto como reação à influência dos EUA sobre ex-satélites soviéticos e como resposta ao apoio dos EUA à independência de Kosovo.

    18 de agosto

    O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, renuncia ao cargo, na véspera do início de seu processo de destituição no Parlamento. Sob acusações de violação da Constituição e má gestão da economia, ele afirmou que as acusações contra ele são falsas. Musharraf, que assumiu o cargo após um golpe de Estado pacífico, ficou nove anos no poder e é sucedido pelo viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Butho, morta em um atentado em dezembro de 2007. Asif Ali Zardari é eleito em 6 de setembro por ampla maioria em uma votação parlamentar.

    21 de setembro

    Acusado de conspirar contra Jacob Zuma, presidente do seu próprio partido, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, renuncia ao cargo. No dia 25, o Parlamento elege Kgalema Motlanthe, militante antiapartheid aliado de Zuma, para um mandato-tampão até as eleições gerais, marcadas para abril de 2009. Considerado o candidato mais forte nas eleições, Zuma só não foi eleito imediatamente porque não é membro do Parlamento.

    21 de setembro

    O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, entrega sua carta de renúncia ao presidente Shimon Peres. Olmert, que não resistiu a denúncias de corrupção, acerta permanecer no cargo até a eleição de um novo primeiro-ministro. Favorita ao cargo, a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, tenta durante um mês montar uma maioria no Parlamento, mas fracassa, o que leva à convocação de eleições antecipadas para fevereiro de 2009.

    28 de outubro

    Karel Prinsloo - 30.out.2008/AP
    Milhares de pessoas fogem de combates em Goma; tropas da ONU chegam à região
    Milhares de pessoas fogem de combates em Goma; tropas da ONU chegam à região

    Ataques de rebeldes no norte de Goma, na República Democrática do Congo, causam a fuga de milhares de pessoas e ameaçam as tropas do governo. Diante dos confrontos, a ONU (Organização das Nações Unidas) envia cerca de 17 mil soldados para ajudar as forças de segurança. No dia 29, os rebeldes tutsis liderados pelo general renegado Laurent Nkunda declaram um cessar-fogo, mas os conflitos continuam no mês seguinte.

    4 de novembro

    O democrata Barack Obama vence as eleições contra o republicano John McCain e torna-se o 44° presidente presidente dos EUA. Durante a campanha, ele conseguiu, com seus discursos e um eficiente uso da internet, fazer com que a mensagem de mudança mobilizasse a base democrata e atraísse eleitores independentes. O primeiro presidente negro do EUA passa a montar uma equipe de governo com muitos veteranos do governo de Bill Clinton e indica a ex-primeira-dama, Hillary Clinton, sua adversária nas primárias, para chefiar a Secretaria de Estado, que cuida da política externa. Crítico da Guerra do Iraque, Obama mantém o secretário de Defesa do governo de George W. Bush, Robert Gates.

    15 de novembro

    Em uma ação sem precedentes, piratas somalis seqüestram o superpetroleiro saudita Sirius Star, carregado com 2 milhões de barris de petróleo, uma carga avaliada em US$ 100 milhões. Os piratas que agem na costa somali e no golfo de Aden intensificaram os ataques em 2008 e mantém um número indefinido de navios seqüestrados em seu poder e cerca de 200 reféns. No ano, eles conseguiram cerca de US$ 30 milhões em resgates. Em dezembro, o Conselho de Segurança da ONU autoriza que forças militares estrangeiras persigam e capturem piratas no território da Somália, país que não tem um governo efetivo desde 1991.

    26 a 29 de novembro

    Efe
    Atentados coordenados atingiram áreas nobres de Mumbai, centro financeiro da Índia, deixando 172 mortos e centenas de feridos
    Atentados coordenados atingiram áreas nobres de Mumbai, centro financeiro da Índia, deixando 172 mortos e centenas de feridos

    Homens armados lançam uma série de ataques coordenados contra as regiões mais nobres da cidade de Mumbai, centro financeiro da Índia. Em três dos alvos --nos hotéis luxuosos Oberoi Trident e Taj Mahal Palace e no centro judaico Chabad Lubavitch-- eles mantém centenas de reféns. Os ataques, que deixaram 172 mortos, são assumidos por um grupo terrorista desconhecido, os Mujahedin de Deccan, mas os investigadores dizem que o grupo clandestino paquistanês Lashkar-e-Taiba treinou os terroristas. O Paquistão, adversário histórico da Índia, nega ter ligação com os terroristas e fecha o cerco contra os grupos acusados pelo ataque.

    27 de novembro

    O Parlamento iraquiano aprova o acordo com os Estados Unidos que prevê a retirada das tropas americanas do país. Pelo acordo, as tropas americanas irão deixar as ruas das cidades e vilas iraquianas em meados de 2009 e deixar todo o território no fim de 2011, quando a invasão do Iraque completa oito anos.

    2 de dezembro

    Ed Wray/AP
    Manifestante oposicionista comemora decisão da Justiça que afasta do governo o primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat
    Manifestante oposicionista comemora decisão da Justiça que afasta do governo o primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat

    O Tribunal Constitucional da Tailândia determina a destituição do primeiro-ministro, Somchai Wongsawat, e a dissolução do Partido do Poder do Povo (PPP), ao qual ele pertence. A decisão acontece após mais de seis meses de protestos da oposição que, no fim de novembro, ocupa os dois aeroportos da capital, Bancoc. Os oposicionistas alegam que Somchai é um marionete de seu cunhado, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em um golpe militar em 2006. Considerado o fiel da balança na política tailandesa, o rei Bhumibol Adulyadej alega problemas de saúde e não faz seu tradicional discurso de véspera de aniversário. Ele completou 81 anos.

    6 de dezembro

    A morte de Alexis Grigoropulos, um jovem de 15 anos atingido por um tiro disparado por um policial, em Atenas, leva a uma onda de protestos por toda a Grécia, que se espalha para outros países Europa. A oposição e os manifestantes pedem a renúncia do primeiro-ministro, Costas Caramanlis, também enfraquecido pelos efeitos da crise financeira sobre o país: da morte do rapaz. O policial Epaminondas Korkoneas, 37, acusado de ter o adolescente, diz que atirou para o ar, e que não tinha a intenção de atingi-lo.

    14 de dezembro

    Reuters/AP
    Imagens tiradas de vídeo mostram momento no qual jornalista iraquiano atacou sapato contra o presidente George W. Bush
    Imagens tiradas de vídeo mostram momento no qual jornalista iraquiano atacou sapato contra o presidente George W. Bush

    O jornalista iraquiano Montazer al Zaidi é detido por lançar seus sapatos contra o presidente americano, George W. Bush, em uma entrevista coletiva em Bagdá, da qual também participava o presidente do Iraque, Nuri al Maliki. O jornalista também chama o presidente americano "cachorro", o que é considerado uma ofensa grave entre os árabes. Milhares de manifestantes vão às ruas nos dias seguintes protestando contra a prisão. O sapato transforma-se no símbolo dos protestos contra a presença americana no Iraque. Enquanto o episódio dá origem a jogos online e vira fenômeno no site de vídeos Youtube, o irmão de Al Zaidi diz que jornalista foi espancado na prisão.

    27 de dezembro

    Israel inicia uma grande ofensiva militar contra o movimento islâmico radical Hamas na faixa de Gaza em bombardeios que já deixaram ao menos 370 mortos e 1.700 feridos.
    Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. até esta quarta-feira (31), Israel negou a pressão internacional por um cessar-fogo temporário e afirma que o ataque aéreo é apenas a primeira fase da ofensiva que aniquilará o Hamas da região.

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