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    Saiba mais sobre o Shas, partido da direita religiosa israelense

    colaboração para a Folha Online

    12/02/2009 06h04

    O partido judaico ultraortodoxo Shas (Guardiões Sefárdicos da Torá, em hebraico), que luta pela aprovação de mais leis de inspiração religiosa, conquistou 11 cadeiras no Knesset (Parlamento israelense) nas eleições do último dia 10 de fevereiro.

    Nas eleições anteriores, em 2006, o partido conseguiu uma vaga a mais no Parlamento e ficou em terceiro lugar, mas foi ultrapassado neste ano pelo partido laico ultradireitista Yisrael Beitenu, que elegeu 15 deputados.

    O Shas foi fundado em 1984 a partir de uma dissidência de outro partido ultrarreligioso, o Agudat Israel, que tinha uma maioria de membros ashkenazi (judeus de origem européia). O novo partido levantou a bandeira da defesa dos interesses dos sefarditas (judeus de origem ibérica, cuja maioria migrou para países árabes), que, segundo os membros do Shas, sofriam discriminação no país.

    Forte opositor da retirada unilateral dos territórios palestinos, o Shas luta pelo fortalecimento dos assentamentos até que um acordo permanente seja alcançado. Apesar de identificado com políticas consideradas de direita em Israel, o partido compôs governos liderados tanto pelo conservador Likud quanto pelo Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

    O Shas se opõe fortemente a tentativas de diminuir as características religiosas judaicas de Israel, como as propostas de casamento civil e alistamento militar obrigatório para religiosos ortodoxos --bandeiras do Yisrael Beitenu.

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