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    Premiê de Bangladesh pede que rebeldes se rendam e ameaça ataque

    colaboração para a Folha Online

    26/02/2009 07h54

    A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, exigiu nesta quinta-feira que o grupo da guarda especial de fronteiras amotinado em um quartel em Daca se renda imediatamente e ameaçou usar a força contra eles.

    Andrew Biraj/Reuters
    População carrega corpo de membro da Bangladesh Rifles morto no conflito
    População carrega corpo de membro da Bangladesh Rifles morto no conflito

    Segundo o vice-ministro da Justiça, Kamrul Islam, cerca de 50 oficiais podem ter sido mortos por membros da guarda durante o motim nesta quarta-feira.

    Em mensagem transmitida pelo canal de TV ATN Bangla, Hasina pediu aos membros dos Bangladesh Rifles (BDR) que larguem as armas e ponham fim ao motim que iniciaram nesta quarta-feira.

    "Como pode nosso povo viver em paz com uma situação assim?", questionou Hasina, que pediu ainda aos amotinados que não testem sua paciência nem a obriguem a adotar medidas mais severas.

    Embora nas sucessivas negociações ao longo do desta quarta-feira e nesta madrugada os guardas tenham se disposto a pôr fim ao conflito, um grupo ainda se nega a largar as armas e há notícias de tiros e tensão em vários quartéis dos BDR em outras partes do país.

    Em sua mensagem, Hasina mostrou solidariedade com as famílias das vítimas da revolta, que um membro do governo estimou ontem em pelo menos 50, embora apenas dez mortes --duas delas de civis-- tenham sido confirmadas oficialmente.

    Hasina teve hoje uma série de reuniões de emergência com membros do governo e com os chefes das Forças Armadas do país para estudar a situação.

    Ataques

    Ao menos seis quartéis da guarda em várias cidades de Bangladesh registraram tiroteios nesta quinta-feira, após o motim desta quarta-feira. Testemunhas citadas pela agência UNB afirmaram que houve tiros nos quartéis dos distritos de Feni (leste), Satkhira (sudoeste), Sylhet (nordeste), e Dinajpur, Thakurgao e Naogaon (noroeste).

    A revolta começou na manhã desta quarta-feira, após um tiroteio que ocorreu durante uma reunião entre membros dos Bangladesh Rifles (BDR), que exigiam melhoras salariais, e altos comandantes do corpo, que pertencem ao Exército.

    Os guardas pediram uma anistia e melhores condições salariais, algo que foi garantido por Hasina na tarde desta quarta-feira.

    De acordo com a UNB, os rebeldes de Daca disseram a uma delegação do governo liderada pelo ministro da Agricultura, Matia Chowdhury, que entregariam as armas às 14h (5h, Brasília) caso os oficiais do Exército à frente da guarda de fronteiras fossem tirados de seus postos em todo o país.

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