O Conselho de Segurança da ONU informou que está disposto a suspender algumas das sanções impostas ao Iraque há quase duas décadas após a invasão do Kuwait pelo regime de Saddam Hussein.
Em declaração lida por seu presidente rotativo, o embaixador francês Gérard Araud, o órgão assinala que poderia "revisar" as medidas se Bagdá adotar "os passos suficientes" para evitar a proliferação das chamadas armas de destruição em massa.
O Governo iraquiano também teria que demonstrar o cumprimento dos tratados internacionais assinados nos últimos anos relacionados com o desenvolvimento de armamento biológico, químico e nuclear, indica a declaração.
As sanções impostas ao Iraque após a invasão do Kuwait em 1991 incluem a proibição da aquisição de produtos químicos e outros materiais que também podem ser utilizados para fabricação de armamento químico, biológico e nucleares.
O Governo iraquiano assegurou em janeiro aos membros do Conselho de Segurança que se opõe à proliferação de armamento nuclear e armas químicas, assim como de mísseis balísticos.
Além disso, reiterou o compromisso iraquiano de assinar e cumprir todos os tratados internacionais sobre o tema.
Bagdá solicitou em várias ocasiões a suspensão destas sanções por conta do prejuízo econômico que trazem para seu desenvolvimento industrial e agrícola.
Na declaração, o Conselho de Segurança destaca o progresso do Iraque neste campo e felicita o Governo por sua recente ratificação da convenção internacional sobre o desenvolvimento, produção, armazenamento e uso de armas químicas.
Além disso, os quinze membros do órgão pedem à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) que analise o grau de cooperação das autoridades iraquianas com a agência das Nações Unidas, assim como o cumprimento de suas obrigações internacionais.