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    Tribunal alemão condena ex-guarda nazista por crimes de guerra

    DA REUTERS, EM MUNIQUE

    12/05/2011 10h49

    Um tribunal alemão condenou John Demjanjuk a cinco anos de prisão nesta quinta-feira por sua participação no assassinato de 27.900 judeus no campo de concentração nazista de Sobibor. Seus advogados irão recorrer.

    Andreas Gebert/Efe
    Suposto criminoso nazista John Demjanjuk; Alemanha o condena a cinco anos de prisão
    Suposto criminoso nazista John Demjanjuk; Alemanha o condena a cinco anos de prisão

    O tribunal de Munique determinou que Demjanjuk, de 91 anos, era culpado de ser cúmplice no assassinato em massa quando era guarda de segurança do campo de Sobibor, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

    Demjanjuk chegou a ser condenado à morte por outro tribunal do Holocausto duas décadas atrás em Israel, por supostamente ter sido o notório guarda "Ivan o Terrível" do campo de concentração de Treblinka, também na Polônia. A decisão foi anulada pela suprema corte de Israel depois que novas evidências isentaram o acusado.

    Demjanjuk, nascido na Ucrânia, já esteve no topo da lista do Centro Simon Wiesenthal para os criminosos de guerra nazistas mais procurados. Ele alegou que foi alistado para o Exército soviético em 1941 e depois tomado como prisioneiro de guerra pelos alemães.

    Demjanjuk participou do processo judicial de 18 meses no tribunal em Munique, cidade de origem do movimento nazista de Adolf Hitler --em uma cadeira de rodas e às vezes deitado, enquanto sua família tentava argumentar que ele estava muito debilitado para participar do julgamento.

    Seu filho, John Demjanjuk Jr., defendeu seu pai em um e-mail enviado antes do veredito, dizendo que o acusado era uma vítima dos nazistas e da Alemanha pós-guerra.

    Os promotores enfrentaram algumas dificuldades para provar a cumplicidade de Demjanjuk, pois não havia nenhuma testemunha sobrevivente de sues crimes. A acusação dependeu fortemente dos documentos do período da guerra, particularmente do cartão de identificação nazista que os advogados da defesa disseram ser falso e criado pelos soviéticos.

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