Rudolph Giuliani, 67, terminava seu segundo mandato como prefeito de Nova York quando a cidade foi alvo do maior ataque terrorista da história.
Apesar das críticas por sua atuação no esvaziamento de Manhattan no dia do atentado, seu trabalho na condução da crise gerada lhe rendeu elogios de políticos nacionais e estrangeiros e ele se tornou-se a imagem da liderança para os nova-iorquinos.
Tannen Maury/Efe | ||
O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, destacou-se pela liderança após o 11/9 |
Em 2001, foi escolhido personalidade do ano pela revista "Time" e recebeu no ano seguinte o título de cavaleiro honorário do príncipe Andrew, do Reino Unido, a mais alta honraria que um soberano pode conceder a um estrangeiro. Chegou a ser apelidado de "prefeito dos Estados Unidos" devido à alta popularidade que obteve naquele momento.
Foi uma transformação para o político. Nos meses anteriores, ele havia aparecido nos tabloides por enfrentar um divórcio turbulento com a atriz Donna Hanover, que o expulsou da residência oficial, e pelo tratamento de um câncer de próstata. O mau momento o levou inclusive a desistir de disputar uma vaga no Senado em 2000.
Com a retomada da popularidade, Giuliani gerou polêmica ao tentar prorrogar sua permanência no comando de Nova York. Pela legislação eleitoral, não poderia concorrer a um terceiro mandato consecutivo. O prefeito se ofereceu então para permanecer três meses extras no cargo para conduzir a crise do pós-11 de Setembro, mas foi desaconselhado a fazê-lo.
Em 2008, tentou voltar à vida política e foi pré-candidato à Presidência pelo Partido Republicano, mas abandonou a disputa ainda nas prévias eleitorais, devido aos fracos resultados que obteve. Recentemente, anunciou intenção de se candidatar em 2012.
Rudolph Giuliani foi prefeito de Nova York de 1994 a 2001 e se destacou também por ter reduzido a criminalidade ao nível dos anos 1960, com sua política de "tolerância zero". Por outro lado, sua polícia foi alvo de críticas dos grupos de defesa dos direitos humanos por supostamente acirrar conflitos raciais.
Ex-procurador público, Giuliani é formado em administração de empresas pelo Manhattan College e em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Nova York. Fora da vida pública, dedica-se à sua saúde, à literatura e às palestras --que lhe rendem US$ 100 mil (R$ 161 mil) cada.