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    Mulheres são mortas na Tanzânia por suspeitas de bruxaria

    DA FRANCE PRESSE, EM ARUSHA

    29/05/2012 11h14

    Cerca de 3.000 pessoas sob suspeita de praticar bruxaria, em sua maioria mulheres de idade avançada, foram linchadas na Tanzânia entre 2005 e 2011, denunciou a principal organização local de defesa dos Direitos Humanos.

    "Entre 2005 e 2011, cerca de 3.000 pessoas foram linchadas por vizinhos que suspeitavam de bruxaria", afirmou o Centro Jurídico e de Direitos Humanos em um informe enviado nesta terça-feira à agência France Presse.

    De acordo com a entidade, cerca de "500 pessoas de idade bastante avançada, em especial mulheres com os olhos vermelhos", foram acusadas de bruxaria.

    As províncias mais afetadas são Mwanza e Shinyanga, no norte do país, acrescenta a fonte.

    "Como exemplo, 242 pessoas foram assassinadas por crenças em bruxaria na província de Shinyanga entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011", denunciou o grupo humanitário.

    Segundo a entidade, as crenças populares consideram a vermelhidão nos olhos como um sinal de bruxaria. Segundo especialistas, a irritação ocular deve-se ao fato de que muitas mulheres são obrigadas a cozinhar utilizando esterco de vaca como combustível.

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