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    Rebeldes congoleses tomam cidade e aeroporto na fronteira com Ruanda

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    20/11/2012 08h52

    O grupo rebelde M23, da República Democrática do Congo, tomou nesta terça-feira a cidade de Goma, na Província de Kivu do Norte, no leste do país. A ação faz parte de uma ofensiva dos insurgentes que começou na segunda (19).

    Segundo as forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) instaladas no país, o M23 começou a invasão à cidade pelo aeroporto internacional, que era controlado pela Guarda Republicana.

    James Akena/Reuters
    Refugiados tentam cruzar a fronteira da República Democrática do Congo com Ruanda após cidade ser tomada por rebeldes
    Refugiados tentam cruzar a fronteira da República Democrática do Congo com Ruanda após cidade ser tomada por rebeldes

    Após intenso tiroteio com forças governamentais em helicópteros da ONU, os rebeldes conseguiram ocupar o terminal aéreo, permitindo o avanço sobre a cidade de 300 mil habitantes, que fica às margens do rio Kivu e próximo à fronteira com a Ruanda.

    Devido à ação, os militares congoleses saíram da cidade, mas antes saquearam lojas e casas vizinhas. Milhares de moradores da região, que também conta com uma grande comunidade de refugiados da guerra civil no país, tentam cruzar a fronteira para Ruanda.

    INSURGENTES

    O grupo M23 foi formado em maio, por militares que haviam conseguido um acordo de paz em 2009 com o governo da República Democrática do Congo para encerrar uma guerra civil.

    Os rebeldes alegam que o governo não cumpriu as promessas que tinha feito ao grupo, como a manutenção das patentes dos oficiais e o fim das transferências dentro do país.

    A região de Kivu é cenário de uma guerra civil entre o governo do Congo, diversos movimentos rebeldes e países vizinhos, como Uganda, Ruanda e Burundi. Devido ao confronto, a ONU compôs uma força de paz com 1.500 soldados internacionais e 6.700 militares congoleses.

    O governo local acusa Ruanda de apoiar o M23, o que o país vizinho nega. Na segunda (19), mísseis foram disparados da República Democrática do Congo para Ruanda, em mais um sinal de intensificação do conflito.

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