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    22 veteranos de guerra cometem suicídio por dia nos EUA, diz estudo

    DE SÃO PAULO

    03/02/2013 19h57

    Vinte e dois veteranos cometem suicídio todos os dias nos Estados Unidos, segundo um estudo que durou dois anos e foi divulgado neste domingo (3) pelo Ministério de Veteranos de Guerra do país (U.S. Department of Veterans Affairs).

    Segundo o estudo, cerca de 8.000 veteranos cometeram suicídio em 2010 --quase 22 por dia. O número representa 21% de todos os suicídios daquele ano.

    Com base no estudo, o jornal americano "Washington Post" mostrou que dois terços dos veteranos que se matam têm 50 ou mais anos de idade.

    Os jovens com menos de 30 anos que foram para a guerra e cometeram suicídio representam apenas 6,0% dos 8.000 registros, enquanto os veteranos entre 50 e 59 anos e entre 70 a 79 correspondem a 20% e 18,6%, respectivamente.

    A porcentagem é inversamente proporcional ao dos suicídios de não veteranos: dois terços deles são cometidos por americanos de até 49 anos.

    Os jovens com menos de 30 anos que não foram para a guerra representam 21,6% dos suicídios de não veteranos, enquanto os idosos entre 70 e 79 anos e acima de 80 correspondem a 4,6% e 3,7%, respectivamente.

    Segundo a revista on-line "Slate", os números são cerca de 20% maiores que uma estimativa do próprio Ministério dos Veteranos de Guerra de 2007 e mostram que as recentes guerras no Afeganistão e no Iraque não explicam totalmente o aumento no número de suicídio dos combatentes.

    Apesar do aumento no número de suicídios de veteranos de guerra nos últimos anos, a participação sobre o total caiu de 25% em 1999 para 21% em 2010 porque os suicídios de não veteranos aumentou com mais intensidade.

    Enquanto o número de suicídios por dia de veteranos era de 20 em 1999 e o de não veteranos, 80, eles passaram para 22 e 105, respectivamente, 11 anos depois.

    AUTOR DO ESTUDO

    O estudo foi feito com base em atestados de óbito de 21 Estados americanos coletados por Robert Bossarte por dois anos.

    Em entrevista ao "Post", o autor do levantamento disse que, quando concluído, o banco de dados vai permitir que o ministério monitore a eficácia dos esforços de prevenção de suicídio dos que foram à guerra.

    Segundo Bossarte, apesar de a idade média dos veteranos que cometem suicídio ser alta, estudos anteriores mostram que o risco de suicídio é maior nos cinco seguintes ao retorno do combatente ao país.

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