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    Morre apresentador David Frost, famoso por entrevista com Nixon

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    01/09/2013 09h43

    Morreu o apresentador britânico David Frost, aos 74. Ele ganhou fama internacional em 1977 ao fazer uma bombástica entrevista com o ex-presidente norte-americano Richard Nixon.

    Frost, segundo comunicado da família, morreu na noite de ontem de ataque cardíaco a bordo de um cruzeiro.

    Com mais de 50 anos de carreira, ele era conhecido no Reino Unido pelos programas populares que comandou na televisão, misturando um estilo de comédia e "showman". Levou fama de playboy por estar sempre cercado de celebridades e grifes famosas.

    Luke MacGregor /Reuters
    O jornalista David Frost, autor de famosa entrevista com Richard Nixon, em foto tirada em 2010
    O jornalista David Frost, autor de famosa entrevista com Richard Nixon, em foto tirada em 2010

    Sua projeção internacional ocorreu quando foi atrás de Richard Nixon para tentar entrevistá-lo. Pagou, segundo valores da época, US$ 600 mil ao político norte-americano. Foi a primeira entrevista de Nixon após renunciar à presidência dos Estados Unidos em 1974 por causa do escândalo Watergate.

    À Frost, Nixon admitiu, diante de 45 milhões de espectadores americanos, parcela de culpa no episódio: "Decepcionei meus amigos, decepcionei o país, decepcionei os americanos. E terei que levar este peso para o resto de minha vida".

    A entrevista virou filme em 2008, "Frost-Nixon", dirigido por Ron Howard, com Michael Sheen interpretando Frost e Frank Langella, Nixon. O longa recebeu cinco indicações ao Oscar de 2009, entre elas a de melhor filme. Depois de Nixon, Frost entrevistou todos os presidentes dos EUA até George W. Bush, segundo a imprensa britânica.

    A morte dele consternou jornalistas e políticos britânicos. O premiê David Cameron lamentou o ocorrido, classificando Frost como um "amigo" e um "temido apresentador".

    No fim do ano passado, Frost entrevistou Paul McCartney para o canal "Al Jazeera". Paul afirmou que Yoko Ono não foi responsável pela separação dos Beatles e disse que John Lennon não teria escrito "Imagine" sem a influência da própria mulher.

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