Khaled al-Batsh, um dos líderes da organização Jihad Islâmico, afirmou hoje que foi estabelecido um cessar-fogo entre militantes palestinos em Gaza e as Forças de Defesa de Israel. O acordo foi mediado pelo Egito.

O anúncio vem na sequência de dois dias de intensos embates na fronteira. Ontem à noite, o Jihad Islâmico havia disparado cerca de 70 foguetes contra Israel, que revidou com ataques aéreos a 29 alvos na faixa de Gaza.

Hoje pela manhã houve novos disparos tanto de militantes palestinos quanto do Exército israelense.

Oliver Weiken/Efe

Soldado israelense posiciona metralhadora na fronteira de Israel com Gaza

Foi o mais sério embate entre ambos os lados desde a operação militar israelense Pilar de Defesa, de novembro de 2012. O Jihad Islâmico afirma ter feito os disparos como resposta à morte de três de seus membros um dia antes.

Apesar de não haver um anúncio oficial por parte do governo israelense quanto ao cessar-fogo, fontes militares afirmavam à Folha que, caso militantes palestinos encerrassem os disparos, a expectativa era de que a fronteira voltasse a se acalmar.

Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel convocaram um "número limitado" de reservistas diante da intensificação da atividade ali. Ontem, o chanceler israelense Avigdor Lieberman havia sugerido a retomada total do território de Gaza, do qual Israel se retirou em 2005.

Não houve vítimas ou feridos no território israelense durante os embates recentes. Do total de foguetes disparados, apenas uma fração de fato atingiu Israel, e três dos projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa aérea Domo de Ferro.

Fontes palestinas disseram que três foram feridos na região de Rafah, passagem entre a faixa de Gaza e o território egípcio, como consequência dos ataques israelenses.