O jogo mais popular do mundo, o cubo mágico, completou 40 anos e seu criador, o arquiteto húngaro Erno Rubik, foi presenteado pela Comissão Europeia com um bolo no formato do brinquedo.

Nesta sexta, o presidente da Comissão, José Manuel Barroso, se reuniu com Rubik durante um almoço no qual discutiram as formas de aproximar a juventude da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

	Stephanie Lecocq/Efe
	Erno Rubik (esq) e o presidente da Comissão Europeia comemoram o aniversário de 40 anos do cubo

O cubo, que tem apenas uma solução entre 43 quintilhões combinações possíveis, foi uma febre nos anos 1980 e continua fazendo sucesso.

Segundo a CNN, um quinto do mundo brincou com um cubo em meados dos anos 80 e 350 milhões de exemplares já foram vendidos desde 1980.

Para Rubik, um dos homens mais ricos da Hungria, a explicação para tal popularidade é justamente a contradição entre a simplicidade de um cubo e a complexidade de um quebra-cabeça tão díficil de resolver, conforme ele explicou em entrevista à CNN.

O próprio inventor levou um mês de pesquisa para descobrir a solução. E não para por aí, como lembra Rubik. Depois de completar o cubo, o jogador pode melhorar a performance, fazendo em menos tempo e descobrindo mais estratégias.

INVENÇÃO

Filho de uma poeta e de um engenheiro de aviação, Rubik tornou-se um inventor –embora sua maior criação tenha nascido quase sem querer, em 1974, quando ensinava geometria a seus alunos de design. Naquela época, o primeiro cubo foi feito em madeira.

Nascido em 1944, Rubik cresceu na Hungria da União Soviética, onde o brinquedo passou a ser produzido em 1977. E menos de cinco anos, os húngaros –cerca de 10 milhões na época– haviam comprado dois milhões de cubos, segundo o "New York Times".

Nos EUA, o jogo apareceu nas lojas três anos depois. A partir de então, conquistou milhões de pessoas em todo o mundo que, como Rubik, acreditam que a melhor parte de um quebra-cabeça é o processo de resolvê-lo e não a solução em si.