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    Hamas lança foguetes contra Israel durante cessar-fogo, diz Exército

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/07/2014 06h49

    Três morteiros lançados a partir de Gaza atingiram nesta quinta-feira (17) o sul de Israel, durante a breve trégua humanitária em vigor até 15h (9h de Brasília), anunciou o Exército israelense.

    "Enquanto o Exército não dispara, três obuses de morteiro procedentes de Gaza foram lançados contra o distrito municipal de Eshkol", informaram os militares. Os três foguetes caíram no Conselho Regional de Eshkol, mas não causaram vítimas.

    Israel havia se antecipado na quarta (16) e afirmaram que "se o Hamas, ou qualquer outra organização terrorista, aproveitarem esta janela humanitária para realizar ataques contra civis israelenses e alvos militares, o Exército responderá com firmeza e de forma contundente".

    Israel e o grupo islamita palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza, haviam se comprometido a um cessar-fogo humanitário com duração de cinco horas a pedido da ONU.

    Logo após o fim do cessar-fogo, foguetes foram lançados a Ashkelon, Be'er Sheva e cidades na fronteira com Gaza, segundo o jornal local "Haaretz". O Exército israelense também retomou seus ataques aéreos em Gaza.

    O cessar-fogo começou às 10h locais (4h de Brasília) e tinha duração de cinco horas, com o objetivo de permitir a retirada dos feridos mais graves de Gaza e o abastecimento de bens essenciais ao território palestino.

    Antes do início do cessar-fogo, a aviação israelense continuou na manhã desta quinta-feira com os bombardeios contra diferentes alvos na faixa de Gaza, que causaram a morte de cinco palestinos, entre eles um idoso. Ao mesmo tempo, milicianos em Gaza disparavam vários foguetes contra povoações israelenses próximas das fronteiras com Gaza no centro do país.

    Desde que Israel iniciou a ofensiva Margem Protetora em Gaza, no último dia 8, foram 230 mortos e 1.685 feridos, segundo fontes palestinas.

    POSSÍVEL CESSAR-FOGO

    Israel e o Hamas alcançaram um acordo para um cessar-fogo em Gaza a partir de sexta-feira (18) às 6h (0h de Brasília), informou uma fonte israelense que pediu anonimato, segundo diversos veículos.

    No entanto, um membro do gabinete de segurança do governo de Israel disse ao jornal local "Haaretz" que o gabinete ainda não aprovou o acordo.

    Um funcionário israelense confirmou à agência de notícia Reuters que altos representantes israelenses das negociações no Cairo tinham aceitado uma proposta para um cessar-fogo abrangente, mas os líderes de Israel ainda tinham que aprová-la.

    Segundo a fonte, o gabinete de segurança do premiê israelense Binyamin Netanyahu ainda não tinha deliberado sobre a trégua.

    O "Haaretz" diz ainda que líderes do Hamas e da Jihad Islâmica afirmam que houve progresso nas negociações, mas um cessar-fogo não foi acertado.

    No Cairo, as autoridades egípcias, que atuam como mediadoras, também não confirmaram até o momento a conclusão de um acordo.

    A delegação de Israel partiu do Cairo nesta quinta.

    CRIANÇAS MORTAS

    A trégua foi solicitada pelo enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, por causa da morte de quatro meninos palestinos na quarta-feira em uma praia de Gaza por um bombardeio da Marinha israelense.

    O presidente israelense, Shimon Peres, disse à BBC que as mortes das crianças não foram intencionais. "Estamos muito tristes em ver quatro crianças mortas", afirmou.

    "Eu acho que a Força Aérea tem o máximo de cuidado para não atingir crianças", disse Peres.

    TÚNEL

    Na manhã desta quinta, Israel frustrou um ataque de 13 milicianos de Gaza através de um túnel pelo qual se infiltraram em território israelense, a dois quilômetros de um kibutz, informou o Exército.

    "Quando os milicianos saíram do túnel foram identificados e atacados", detalhou um porta-voz militar, que acrescentou que esta foi a quarta vez que grupos armados de Gaza tentaram realizar um ataque desse tipo.

    A Força Aérea bombardeou a abertura do túnel no território israelense. O braço armado do Hamas ordenou que os militantes voltassem para Gaza depois do ataque frustrado, segundo o jornal local "Haaretz".

    Um soldado israelense foi ferido, segundo o "Haaretz".

    ACUSADOS

    A promotoria israelense indiciou nesta quinta-feira três extremistas judeus pelo sequestro e assassinato de um jovem palestino queimado vivo no início do mês em Jerusalém, anunciou o ministério da Justiça.

    A identidade dos indiciados não foi divulgada. O comunicado afirma apenas que são um homem de 29 anos, que mora na colônia de Adam na Cisjordânia, dois menores de 16 anos, integrantes da família do adulto. Um deles vive em Jerusalém e o outro em Beit Shemesh, uma localidade situada ao oeste desta cidade.

    Entre as acusações apresentadas estão também outra tentativa de sequestro de uma criança palestina de sete anos no bairro de Beit Hanina, em Jerusalém Oriental, e uma tentativa de incêndio de dois carros de palestinos. Dois indiciados também foram acusados pelo incêndio, no mês passado, de uma loja palestina na localidade de Izmeh, na Cisjordânia, perto de Jerusalém.

    Eles confessaram o sequestro e assassinato do adolescente palestino Mohammed Abu Khdeir, 16.

    Os suspeitos foram motivados por vingança após o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses –crime que Israel atribuiu ao Hamas.

    As mortes dos quatro jovens desencadearam a escalada no conflito entre Israel e o Hamas.

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