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    Americanos presos na Coreia do Norte desembarcam nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/11/2014 13h13

    Os americanos Kenneth Bae e Matthew Miller, que foram libertados neste sábado (8) na Coreia do Norte, já se encontram em solo americano —o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, acompanhou os ex-prisioneiros na viagem de volta para a casa.

    Num boeing com as palavras "Estados Unidos da América" grafadas na lataria, eles aterrizaram na base de Lewis-McChord, próximo a Tacoma, em Washington, onde membros das famílias os esperavam.

    David Ryder/Reuters
    Kenneth Bae encontra sua família em solo americano
    Kenneth Bae encontra sua família em solo americano

    Bae desembarcou sorrindo do avião e, ainda na pista, teve um encontro emocionante com sua mãe, irmã, irmão e sobrinhos. Foi seguido por Miller, logo em seguida, que também abraçou familiares ali. Ambos tinham o cabelo cortado rente.

    Bae agradeceu ao presidente Barack Obama e ao governo norte-coreano por sua libertação. "Foram dois anos incríveis. Eu aprendi muito, cresci muito e estou forte graças a todas as pessoas que me apoiaram", declarou em entrevista coletiva. Sobre sua saúde, disse ter perdido muito peso e que estava se recuperando.

    Miller não quis falar com a impressa. Ele cumpria uma sentença de seis anos de prisão sob acusações de espionagem. Foi detido em abril no aeroporto da capital norte-coreana após ter supostamente rasgado seu visto de turista e pedido asilo.

    Segundo a Coreia do Norte, Miller queria vivenciar a experiência na prisão para secretamente investigar a situação dos direitos humanos no país asiático.

    Bae, do Estado de Washington, é um missionário norte-coreano com problemas de saúde. Preso em 2012, ele cumpria uma sentença de 15 anos por supostas atividades antigoverno.

    A inteligência norte-americana participou ativamente do processe de soltura. Nas negociações, eles pediam a soltura do reféns por "questões humanitárias", uma vez que Bar tinha vários problemas de saúde (diabetes, coração dilatado, visão baixa e dores nas pernas e nas costas).

    O governo norte-coreano emitiu um comunicado dizendo que havia recebido um "pedido de desculpas sincero de Obama" pelo comportamento de Bae e Miller em seu país. O mesmo comunicado afirma que os ex-prisioneiros estavam arrependidos de seus crimes.

    Não está claro os motivos que levaram Pyongyang a libertar os prisioneiros, mas funcionou como forma de campanha diplomática para contornar acusações da ONU sobre violações de Direitos Humanos. A Coreia do Norte, já sofre sanções internacionais devido a seus programas nucleares.

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