• Mundo

    Friday, 26-Apr-2024 17:52:27 -03

    Diálogo para acordo de paz na Ucrânia começa sem avanço em Minsk

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/02/2015 20h50

    Terminou sem a formalização de um acordo de paz o primeiro dia da reunião em Minsk (Belarus) entre representantes da Ucrânia, da Rússia, da Alemanha e da França. Os países debatem uma solução para a guerra no leste ucraniano.

    Ainda assim, segundo a chancelaria bielorrussa, que não forneceu detalhes, as negociações estão dando resultado.

    O conflito se arrasta desde março do ano passado, quando a Rússia anexou ao seu território a península da Crimeia. Desde então, separatistas pró-Moscou declararam a independência de regiões como Donetsk e Lugansk.

    A violência entre as partes aumentou nas últimas semanas. Somente nesta quarta (11), havia relatos de ao menos 25 mortos, entre soldados ucranianos, rebeldes e civis.

    Mais de 5.300 pessoas já morreram no conflito.

    Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, disse antes da cúpula que poderia instituir uma lei marcial no país caso as negociações se mostrassem infrutíferas.

    Mykola Lazarenko/Ukrainian Presidential Press Service/Reuters
    Líderes da Rússia, da Alemanha, da França e da Ucrânia debatem acordo de paz em Minsk
    Líderes da Rússia, da França, da Alemanha e da Ucrânia debatem acordo de paz em Minsk

    Com a lei marcial, a Ucrânia conseguiria desbloquear recursos militares, mas teria que abrir mão de investimentos estrangeiros, como um empréstimo vital para as finanças do país do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Poroshenko também disse que Ucrânia, França e Alemanha defenderiam um cessar-fogo incondicional na reunião com a Rússia e os rebeldes.

    Porém, não está claro quais seriam as exigências dos separatistas. Segundo o representante da autoproclamada República Popular de Donetsk, ainda é cedo para falar em um cessar-fogo.

    Autoridades ocidentais acreditam que o Kremlin esteja enviando soldados, armas e dinheiro aos rebeldes, o que Vladimir Putin, presidente russo, nega.

    O conflito levou à maior crise entre o Ocidente e o governo de Moscou desde a Guerra Fria. Europa e Estados Unidos instituíram sanções econômicas contra os russos, e o governo americano cogita enviar armas ao Exército ucraniano.

    ACORDO DE PAZ

    O plano de paz proposto pela França e pela Alemanha está baseado em um outro assinado pelas partes em setembro –e que, desde então, vem sendo continuamente desrespeitado.

    O acordo previa anistia para os rebeldes que abandonassem as armas, com exceção dos que tivessem cometido crimes considerados graves. Também haveria troca de prisioneiros e a instituição de uma zona desmilitarizada entre Ucrânia e Rússia.

    Além disso, o governo ucraniano daria mais autonomia às regiões hoje controladas pelos separatistas.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024