O governo federal dos EUA processou a cidade de Ferguson nesta quarta-feira (10), um dia depois que o conselho da cidade votou pela revisão de um acordo que visa melhorar a forma como a polícia e os tribunais tratam as pessoas pobres e as minorias no subúrbio de St. Louis.
A ação de direitos civis lançada pelo Departamento de Justiça alegou que Ferguson viola rotineiramente os direitos de residentes e aplica mal a lei para gerar receitas, prática que o governo federal diz ser recorrente.
Ferguson tem estado sob vigilância do Departamento de Justiça há 18 meses, desde que Michael Brown, um negro desarmado de 18 anos, foi morto a tiros pelo policial branco Darren Wilson.
Um grande júri e o Departamento de Justiça se recusaram a processar Wilson, que renunciou a sua função na polícia em novembro de 2014.
Após a morte de Brown e de outros negros por policiais brancos, o tratamento da polícia aos negros tornou-se um grande problema nos EUA.
A secretária de Justiça dos EUA, Loretta Lynch, disse que a decisão de Ferguson de rejeitar o acordo deixou como única opção ao Departamento de Justiça o processo contra a cidade.
Os moradores de Ferguson esperam há quase um ano que a cidade adote um acordo que proteja os seus direitos e os mantenha seguros.
"Eles esperaram décadas pela justiça. Não devem ser forçados a esperar ainda mais", disse Lynch.
Jeff Small, porta-voz de Ferguson, se recusou a fazer comentários.
Adrees Latif - 20.ago.2014/Reuters | ||
Homem passa leite no rosto após ter sido atingido por gás lacrimogêneo em Ferguson, em 2014 |