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    ONU poderá ser dirigida por uma mulher pela primeira vez na história

    DA RFI

    06/04/2016 12h33

    O mandato do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, excpira em 31 de dezembro, e ele decidiu não tentar uma nova indicação. Com isso, a campanha pelo posto já começou e, entre os candidatos, ao menos quatro mulheres tentam se eleger para um posto ocupado apenas por homens desde que a organização foi criada, há 70 anos.

    Entre as que já se declararam candidatas para a posição ocupada atualmente pelo sul-coreano estão a búlgara Irina Bokova, que dirige atualmente a Unesco, e as ex-ministras das Relações Exteriores Vesna Pusic, da Croácia, e Natalia Gherman, da Moldávia, além da ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, que anunciou sua candidatura na segunda-feira (4).

    Pierre Andrieu/AFP
    (FILES) This file photo taken on October 04, 2013 shows UNESCO Bulgarian general director Irina Bokova giving a speech at the UNESCO headquarters in Paris, after being re-elected to a second term. Bulgaria's foreign ministry on February 9, 2016 formally announced its nomination of UNESCO chief Irina Bokova for UN secretary-general. "The ministry of foreign affairs sent a letter, nominating Mrs Irina Georgieva Bokova for the post of secretary-general of the United Nations," the ministry said in a statement. The UN's next chief will take up their post on January 1, 2017, replacing Ban Ki-moon who has held the job for two five-year terms. / AFP / PIERRE ANDRIEU ORG XMIT: 952
    A búlgara Irina Bokova, que dirige atualmente a Unesco, discursa em Paris

    "Apresento-me com base em minha comprovada experiência de liderança durante quase três décadas, tanto em meu país quanto nas Nações Unidas", disse a neozelandesa, que dirige há sete anos o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), uma das principais agências da ONU.

    A busca por um sucessor para Ban Ki-moon acontece em um momento de alta tensão internacional, quando a organização se depara com a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra (1939-45), além de intensos conflitos no Oriente Médio e na África.

    O atual secretário-geral teve seu mandato renovado em 2011, e nenhuma regra impede que ele tente ficar mais cinco anos no cargo. No entanto, até agora, um terceiro mandato é algo inédito na instituição, e o próprio sul-coreano já disse que não pretende se candidatar novamente.

    Há alguns meses, um movimento dentro da ONU vem se organizando em defesa da ideia de que, pela primeira vez, uma mulher dirija a organização. Até o atual secretário-geral já se declarou disposto a apoiar uma candidatura feminina para o cargo.

    A fim de garantir a imparcialidade na direção das Nações Unidas, as rédeas da organização nunca foram entregues a um cidadão de um dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança (Rússia, China, Reino Unido, Estados Unidos e França).

    Para ser eleito, o novo secretário-geral deve obter o apoio de pelo menos dois terços dos 193 países membros da entidade.

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