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    Coreia do Norte

    Kim Jong-un promove irmã e vê como 'espada querida' seu programa nuclear

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/10/2017 10h17

    O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, promoveu sua irmã, Kim Yo-jong, nomeada ao "politburo" do único partido do país, e elogiou os programas nucleares e balísticos norte-coreanos, informou a imprensa oficial neste domingo (8).

    De acordo com a agência oficial de notícias KCNA, Kim Yo-jong tornou-se membro suplente do escritório político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, instância presidida por seu irmão.

    Esta promoção e dezenas de outras foram anunciadas no sábado (7) pelo número um da Coreia do Norte durante uma reunião do partido.

    Ela ocorre num contexto de grandes tensões na península coreana devido aos testes nucleares e disparos de mísseis da Coreia do Norte.

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    Os líderes norte-coreanos e o presidente dos EUA, Donald Trump, voltaram a trocas ameaças recíprocas há semana, com o americano declarando neste fim de semana no Twitter existir "apenas uma coisa que funcionaria" com a Coreia do Norte, sem concluir seu pensamento.

    Kim Yo-Jong, que se aproxima dos 30 anos, já apareceu diversas vezes ao lado de seu irmão durante eventos políticos e "visitas de orientação de campo", durante as quais o líder profere conselhos técnicos em todos os domínios –industrial, agrícola, educacional, militar, etc. Ela também desempenha um papel no departamento de propaganda do partido.

    Os dois são filhos do ex-líder Kim Jong-il e sua terceira mulher, a ex-dançarina Ko Yong Hui.

    A família Kim reina sobre a Coreia do Norte desde a sua fundação em 1948.

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    Kim Jong-un tomou as rédeas do país com a morte de seu pai, em dezembro de 2011. Sob seu domínio, a Coreia do Norte realizou quatro dos seis testes nucleares, o último em 3 de setembro.

    Também cimentou durante este tempo o seu poder por meio de uma série de expurgos.

    Seu tio Jang Song-thaek foi executado por traição em 2013. Seu meio-irmão Kim Jong-nam foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur em fevereiro deste ano, envenenado por um agente neurotóxico. Desde o início do caso, a Coreia do Sul acusa o Norte de ter orquestrado a morte, o que Pyongyang sempre negou.

    Kim Jong-Nam era um crítico do regime norte-coreano e morava no exílio.

    Além disso, Pyongyang avança em seus programas militares a passos largos, apesar das múltiplas sanções das Nações Unidas.

    Kim Jong-un declarou, no sábado (7), que o país estava enfrentando "dificuldades", mas não que prejudicariam o crescimento econômico deste ano.

    Ele também prometeu continuar no caminho de seu programa nuclear, "uma espada querida", cuja missão é proteger o país "dos imperialistas americanos", de acordo com a KCNA.

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