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    Coreia do Norte

    Para 65% dos americanos, Trump piorou situação com Coreia do Norte

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/10/2017 12h03

    Uma pesquisa conduzida pela Associated Press em parceria com o NORC-Center for Public Affairs Research revelou que 65% dos americanos acreditam que as declarações do presidente americano Donald Trump pioraram a situação com a Coreia do Norte ao isolarem o líder norte-coreano Kim Jong-un.

    Desses 65%, 45% acredita que as declarações "pioraram muito" a situação. Apenas 8% dos americanos acham que as falas do presidente tiveram impacto positivo.

    A pesquisa foi realizada cerca de uma semana após Trump elevar o tom em relação ao regime norte-coreano, chamando seu ditador de "homem do foguete" e ameaçando "destruir completamente" o país caso os EUA tivessem que se defender ou defender seus aliados. Kim respondeu com mais ameaças.

    Dos entrevistados, 75% pensam que os comentários feitos pelos representantes do regime norte-coreano pioraram a situação.

    Mui Baltrumas, 67, da cidade de Evanston, no Estado de Illinois, discorda. Ele afirmou que a ameaça norte-coreana está tomando proporções exageradas e que Kim Jong-un é mais calculista e "não tão louco quanto todos acham que ele é".

    Baltrumas, que se identifica com o partido democrata, de oposição ao presidente Trump, disse estar mais preocupado com o "estilo John Wayne" adotado pela Casa Branca, em referência ao ator americano conhecido por seus filmes de faroeste.

    "Enquanto estivermos olhando para a Coreia do Norte, não estamos vendo os problemas no nosso quintal. Acho que é uma distração política boa e barata", disse.

    Apesar da incerteza sobre a capacidade da Coreia do Norte de produzir uma bomba atômica e de lançá-la ao território dos EUA, 67% disse estar muito ou extremamente preocupado com a ameaça nuclear do regime norte-coreano contra os Estados Unidos.

    Quatro americanos em dez também disseram estar preocupados especificamente com o lugar onde moram.

    "Ele [Trump] irá para algum lugar seguro. Nós não temos para onde ir", disse Anthony Leroy Waters, 61, de Wilmington, na Carolina do Norte. Ele contou que vive a cerca de 45km de uma usina nuclear e que teme o impacto que um ataque à região poderia ter. "É assustador", disse.

    Em relação a territórios americanos no Pacífico, como a ilha de Guam, 68% dos entrevistados disseram estar preocupados com a ameaça de Kim Jong-un. 69% se disseram preocupados com aliados, por exemplo, a Coreia do Sul e o Japão, vizinhos da Coreia do Norte.

    A pesquisa foi realizada com uma amostra representativa da sociedade americana composta de 1.150 adultos selecionados aleatoriamente e foi conduzida entre os dias 28 e 2 de outubro de 2017. A margem de erro é de mais ou menos 4,1 pontos percentuais.

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