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    #MeToo: como o caso Weinstein gerou uma onda de condenação a abusos

    DE SÃO PAULO

    18/10/2017 15h25

    Yann Coatsaliou - 23.mai.2017/AFP
    O produtor Harvey Weinstein, em maio, na entrada de um evento paralelo ao Festival de Cannes

    "Se todas as mulheres que já sofreram abuso ou violência sexual escreverem 'eu também' nas suas redes, nós talvez possamos dar uma ideia da magnitude desse problema", escreveu a atriz e produtora americana Alyssa Milano no último domingo (15).

    Foi assim que a hashtag #MeToo inundou as redes e expôs milhares de casos de abuso sexual nos Estados Unidos e no mundo, atingindo rapidamente o topo da lista de assuntos mais comentados do Twitter.

    Em meio à discussão do caso Harvey Weinstein, que, conforme revelou reportagem do jornal "The New York Times" publicada no último dia 5, abusou de dezenas de mulheres com a conivência de poderosos de Hollywood, a atriz lançou a iniciativa convidando todas as mulheres a tornarem públicos os assédios sofridos.

    O episódio lembra a reação das redes brasileiras à campanha #PrimeiroAssedio, lançada pela ONG Think Olga em 2015, quando mulheres de todo o país compartilharam histórias sobre a primeira vez em que sofreram assédio sexual.

    Milano ficou conhecida por seu papel como a bruxa Phoebe no seriado "Charmed", no qual contracenou com a atriz Rose McGowan –uma das várias vítimas dos abusos do produtor americano Harvey Weinstein, conforme exposto na reportagem do "NY Times".

    Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Léa Seydoux, Mira Sorvino e Asia Argento foram algumas das atrizes que vieram a público desde então para denunciar os abusos cometidos por Weinstein, que foi expulso de sua própria companhia e das academias de cinema que organizam os prêmios Oscar e Bafta (da Inglaterra).

    O caso se destaca pela magnitude —foram dezenas de vítimas em cerca de 30 anos de atuação impune.

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