Yann Coatsaliou - 23.mai.2017/AFP | ||
O produtor Harvey Weinstein, em maio, na entrada de um evento paralelo ao Festival de Cannes |
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Mundo
Friday, 19-Apr-2024 18:53:14 -03#MeToo: como o caso Weinstein gerou uma onda de condenação a abusos
DE SÃO PAULO
18/10/2017 15h25
"Se todas as mulheres que já sofreram abuso ou violência sexual escreverem 'eu também' nas suas redes, nós talvez possamos dar uma ideia da magnitude desse problema", escreveu a atriz e produtora americana Alyssa Milano no último domingo (15).
Foi assim que a hashtag #MeToo inundou as redes e expôs milhares de casos de abuso sexual nos Estados Unidos e no mundo, atingindo rapidamente o topo da lista de assuntos mais comentados do Twitter.
Em meio à discussão do caso Harvey Weinstein, que, conforme revelou reportagem do jornal "The New York Times" publicada no último dia 5, abusou de dezenas de mulheres com a conivência de poderosos de Hollywood, a atriz lançou a iniciativa convidando todas as mulheres a tornarem públicos os assédios sofridos.
O episódio lembra a reação das redes brasileiras à campanha #PrimeiroAssedio, lançada pela ONG Think Olga em 2015, quando mulheres de todo o país compartilharam histórias sobre a primeira vez em que sofreram assédio sexual.
Milano ficou conhecida por seu papel como a bruxa Phoebe no seriado "Charmed", no qual contracenou com a atriz Rose McGowan –uma das várias vítimas dos abusos do produtor americano Harvey Weinstein, conforme exposto na reportagem do "NY Times".
Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Léa Seydoux, Mira Sorvino e Asia Argento foram algumas das atrizes que vieram a público desde então para denunciar os abusos cometidos por Weinstein, que foi expulso de sua própria companhia e das academias de cinema que organizam os prêmios Oscar e Bafta (da Inglaterra).
O caso se destaca pela magnitude —foram dezenas de vítimas em cerca de 30 anos de atuação impune.
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