• Mundo

    Friday, 19-Apr-2024 17:47:43 -03

    Turcos e curdos disputam controle de colina no noroeste da Síria

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    29/01/2018 12h16

    Saleh Abo Ghaloun - 28.jan.2018/AFP
    Soldados ligados a Turquia queimam uma bandeira curda na colina de Bursayah
    Soldados ligados a Turquia queimam uma bandeira curda na colina de Bursayah

    O noroeste da Síria voltou nesta segunda-feira (29) a ser palco de um confronto entre soldados ligados à Turquia e milícias curdas, que disputam o controle de uma colina na região.

    A colina Bursayah foi conquistada pelo Exército turco durante o fim de semana. O local é importante porque separa o território de Afrin, controlado pelos curdos, da cidade de Azaz, sob comando da Turquia.

    A conquista de Bursayah, anunciada no domingo (28), é até o momento a principal vitória militar da Turquia desde 20 de janeiro, quando o país anunciou o início de sua operação na Síria para combater a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG).

    Ancara afirma que as milícias curdas que controlam Afrin são ligadas aos curdos que vivem na Turquia e que decidiu agir para expulsar os terroristas das proximidades de sua fronteira.

    Pelo menos 50 civis e cinco soldados turcos morreram desde o início da operação no local.

    Além de Afrin, a província vizinha de Idlib também vê um aumento da violência, com ativistas afirmando que 11 pessoas morreram quando um hospital da região foi atacado por tropas ligadas ao governo da Síria —Damasco nega envolvimento.

    O conflito em Afrin e a violência em Idlib acabaram ofuscando uma reunião feita pela Rússia para tentar dar início a uma negociação de paz na Síria. Diversos grupos de oposição decidiram não comparecer ao encontro, incluindo os curdos, que acusam Moscou de apoiar a ação militar turca.

    Aumentando a tensão na região, os Estados Unidos anunciaram que não pretendem tirar suas tropas da cidade de Manbij, apesar dos pedidos feitos pelo governo turco.

    Segundo o canal de TV CNN, o general Joseph Votel, do comando central americano, afirmou que a retirada "não é algo que está sendo analisado no momento".

    Cerca de 2.000 militares americanos estão no norte da Síria, parte deles auxiliando as milícias curdas. Ancara já afirmou que pretende fazer uma operação no local para retirar as forças curdas que estão na cidade, que fica a leste de Afrin.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024