No último dia de sua visita ao Brasil, o príncipe Charles, de Gales, esteve neste sábado no Pará e falou com ambientalistas sobre a criação de um fundo global para a preservação das florestas tropicais, que deve ter como foco a proteção da Amazônia.
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A ideia foi exposta em um encontro com representantes de ONGs e de entidades que atuam para preservar a floresta, durante uma viagem de barco de Santarém (1.431 km de Belém) até uma comunidade autossustentável da região, chamada Maguari.
Segundo Paulo Barreto, do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), o príncipe afirmou que seu principal papel será viabilizar as doações para esse fundo, cujo dinheiro seria gerenciado por entidades locais.
Inicialmente, ele não seria o principal provedor financeiro do fundo. "Ele pareceu bem informado. Queria entender melhor essa realidade, fez perguntas", disse o ambientalista.
No encontro, estavam também representantes do Museu Emílio Goeldi, de Belém (PA), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do ISA (Instituto Socioambiental).
Segundo Barreto, Charles disse que são necessários "bilhões" para dar alternativas econômicas à população amazônica que se mantém com atividades que degradam da floresta --como pecuária e retirada ilegal de madeira.
Na comunidade, Charles, que não deu declarações à imprensa, também ensaiou passos de carimbó --uma dança típica paraense. Ele dançou com a governadora Ana Júlia Carepa (PT) e, depois, com uma moradora do local, que fazia uma apresentação do ritmo.
Antes, ao chegar, cumprimentou os moradores e recebeu presentes, como colares feito com sementes. "O que eu fiz para merecer isso?", disse, sorrindo, a um homem que o abraçou.